A advocacia de Laranjeiras do Sul se reuniu na manhã desta sexta-feira (21/7) para a primeira prévia local da 8ª Conferência da Advocacia Paranaense. Os participantes tiveram oportunidade de debater os temas estaduais e nacionais que estarão em pauta ao longo da programação das etapas preparatórias e da grande conferência que acontecerá em Curitiba, no mês de outubro.
Eventos preparatórios semelhantes serão realizados em todas as subseções da OAB Paraná nas próximas semanas, dando voz a toda a advocacia paranaense.
O diálogo na OAB Laranjeiras do Sul contou com a participação de 40 advogados e advogadas, que manifestaram suas opiniões sobre ativismo no Poder Judiciário, prevalecendo a tese de que o juiz deve se manifestar apenas nos processos; e sobre os impactos das fake news na sociedade e a forma como o Supremo Tribunal Federal (STF) tem abordado o tema.
Os participantes debateram ainda questões relacionadas à advocacia dativa e honorários advocatícios, defendendo uma triagem mais eficaz em relação às pessoas que têm direito a esse benefício e o pagamento de honorários condizentes com a importância do trabalho da advocacia.
“Considero esse um dos melhores eventos realizados na subseção. A advocacia se sentiu confortável em opinar sobre temas tão importantes e relevantes para este contexto social em que vivemos. Foi uma pré-preparatória elaborada com muito êxito por parte da OAB Paraná e da subseção. Pudemos ter uma pitada do que teremos nas preparatórias e na grande conferência em Curitiba”, destacou a presidente da OAB Laranjeiras do Sul, Maressa Pavlak.
Experiência
Um dos participantes da reunião preparatória local, o advogado Marco Aurélio Pellizzari Lopes, relatou que esteve presente na histórica VII Conferência Nacional, que focou seus debates no fim dos Atos Institucionais da ditadura militar, na volta do recurso de habeas corpus e por uma anistia ampla e irrestrita. “Corria o ano de 1978, eu era estudante de Direito da gloriosa Faculdade de Direito de Curitiba – onde me formei na Turma de 1980 -, me encontrava no terceiro ano, quando ocorreu a VII Conferência da Ordem dos Advogados do Brasil”, relatou.
“Tive a oportunidade de dela participar na qualidade de estudante de Direito”, relembra Lopes. “A Declaração de Curitiba de 1978, repudiou o estado de exceção, a arbitrariedade, clamando pelo Estado de Direito e pela democracia. Há mais de 40 anos, o grande evento realizado em Curitiba, marcou o processo político do país. As grandes bandeiras foram o “Habeas Corpus” e a Anistia, prato cheio para um estudante de Direito, que via a seara criminal como um futuro próximo”, contou o advogado.
“No dia de hoje, os advogados do Paraná estão convidados a participar de forma opinativa sobre os temas da futura 8ª.Conferência da Advocacia Paranaense”, conclama o advogado. “Confesso a emoção de relembrar com saudades meu tempo de estudante de Direito, e do orgulho de ter participado da VII Conferência da Ordem dos Advogados do Brasil. Se há uma palavra para definir a advocacia, defino como garra”, finalizou.