Representantes da comunidade e de entidades civis participaram nesta quarta-feira (28) do Fórum Unidos pela Paz, promovido pela OAB Paraná, em parceria com o Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Grupo Paranaense de Comunicação, Lions Club e Associação Comercial do Paraná. Os participantes formaram grupos de trabalho para formular propostas e sugestões a fim de transformar o atual cenário de violência no estado. Ao final do encontro, por volta das 21h, várias propostas foram apresentadas e serão agora compiladas num documento que servirá de subsídio para futuras ações a serem empreendidas pelas entidades organizadoras, participantes, voluntários e demais interessados. O documento será também encaminhado às autoridades competentes.
O Fórum Unidos pela Paz teve início às 14h, com uma breve cerimônia e uma explanação sobre a metodologia de trabalho. O presidente da OAB Paraná, José Lucio Glomb, disse que o fórum é uma demonstração do poder que a própria sociedade pode exercer para resolver a questão da violência e da falta de segurança. “Esse fórum demonstra a nossa capacidade de ação, mostra que a sociedade pode fazer uma parte importante para solucionar esse grave problema”, afirmou. O vice-presidente do Grupo Paranaense de Comunicação, Guilherme Cunha Pereira, também destacou a necessidade das entidades se unirem para transformar esse quadro de índices alarmantes de criminalidade. “Se algo pode gerar uma transformação é o esforço das entidades aqui reunidas”, disse. Para o presidente da Associação Comercial do Paraná, Edson Ramon, a sociedade paranaense mais uma vez assumiu a sua responsabilidade cívica. Ele destacou o fato de Curitiba estar, proporcionalmente à sua população, com índices de violência mais altos que cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Atualmente, Curitiba é o sexto município brasileiro em número de homicídios. “A cidadania operosa vive à mercê da probabilidade ou do infortúnio de ser a enésima vítima da violência”, lamentou. Rodrigo Rocha Loures, presidente da Fiep, disse que o encontro permitiu visualizar estratégias que possam alterar o quadro de insegurança. “Se tivermos sucesso e alcançarmos a meta da paz, todos os outros problemas da sociedade se resolvem”.
Entre os participantes estiveram muitos representantes de conselhos comunitários de segurança dos bairros de Curitiba e região metropolitana. O presidente do Conselho de Segurança do Guabirotuba, Ori Stocco, defendeu a proposta de maior integração entre a Polícia Militar e as comunidades, e também o fechamento de bares a partir das 24h em algumas regiões da RMC. “Sabemos que pelo menos 80% dos crimes acontecem durante a madrugada, na saída de bares”, argumentou. Vários advogados, conselheiros e membros de comissões da OAB Paraná também estiveram presentes para contribuir com sugestões a partir da perspectiva da advocacia. As informações geradas durante o fórum estarão disponíveis a todos os interessados.
Representantes da sociedade civil participam do Fórum Unidos pela Paz
