Agronegócio, inteligência artificial e prerrogativas foram os temas debatidos na tarde desta terça-feira (23/4) em Cascavel, em uma das etapas do projeto Valorização da Advocacia. A presidente da OAB Paraná, Marilena Winter, deu início aos trabalhos explicando os objetivos do projeto.
Também estiveram presentes o vice-presidente da seccional, Fernando Deneka, a vice-presidente da subseção, Deise Cardoso, o tesoureiro, Charles Pereira Lustosa dos Santos, a vice-presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Paraná (CAA-PR), Kelly Cristina de Souza, a coordenadora adjunta de Comissões, Érica Kovalechen, o conselheiro seccional e coordenador do Observatório do Judiciário, Emerson Fukushima, e a presidente da subseção de Laranjeiras do Sul, Maressa Pavlak.
Marilena Winter explicou que o Valorização da Advocacia propõe olhar para o território paranaense e identificar potenciais nichos econômicos, trazendo para as subseções especialistas em determinados temas. “Dessa forma conseguimos observar vocações diferentes e demandas por determinadas áreas do direito. E a ideia não é só trazer especialistas da capital, pois cada região possui profissionais que têm nos ensinado muito”, disse Marilena.
A presidente da seccional enfatizou que o projeto busca a excelência da advocacia. “Queremos que a nossa advocacia seja reconhecida, para além do nosso estado, como altamente competitiva”, afirmou.
O vice-presidente da seccional, Fernando Deneka, ressaltou que o projeto não tem a intenção de promover palestras, mas sim o debate. “O propósito é ouvir os colegas, trocar experiências. E o fato de convidarmos profissionais locais também é uma oportunidade de que sejam ouvidos pelo Paraná afora”, destacou Deneka, lembrando que o evento é transmitido pelo Youtube.
A vice-presidente da CAA-PR, Kelly Cristina de Souza, falou sobre os serviços que são oferecidos aos advogados em todo o estado. “A nossa preocupação é sempre com a saúde física e mental dos advogados. A Caixa, procura proporcionar e levar a toda a advocacia todos os benefícios que a classe merece”, pontuou.
Deise Cardoso, vice-presidente da subseção, elogiou o fato de o projeto estar focado em nichos de trabalho. “Para escolher esses temas, pensamos em áreas que para nós são essenciais”, disse, acrescentando que a capacitação é uma das preocupações da subseção. “No ano passado realizamos aqui 66 cursos com mais de 5 mil participantes”, informou.
O diretor-tesoureiro da subseção, Charles Lustosa, destacou a importância da iniciativa. “A presença da seccional aqui é fundamental para nós. Ao proporcionar o Valorização, a OAB Paraná só vem somar com a gente. Também temos essa ansiedade de promover esse tipo de trabalho de capacitação da advocacia. Trabalhamos diuturnamente por isso, dia a dia valorizando o advogado e ajudando na inserção na comunidade.”
Coordenadora do projeto, a advogada Érica Kovalechen disse que o Valorização é um sucesso por onde passa. “Isso porque a diretoria da OAB e das subseções abraçaram a ideia. Ficamos felizes de corresponder aos anseios dos advogados em temas que interessam à região. Tenho certeza de que sairemos engrandecidos e ricos em conhecimento”, afirmou.
O primeiro tema a entrar em debate foi Advocacia no Agronegócio, apresentado pelo advogado Gabriel Placha. Em seguida, a advogada Bárbara Ferrassioli falou sobre Prerrogativas – Ferramentas e meios de atuação da OAB-PR. Por último, Rhodrigo Deda abordou Inteligência artificial e advocacia: do direito às ferramentas de marketing.
Observatório do Judiciário
A presidente da OAB Paraná e o coordenador do Observatório do Judiciário, Emerson Fukushima, apresentaram a iniciativa. “O nosso dia a dia funciona bem com um Judiciário que também funcione bem”, sintetizou Marilena. Ela explicou que o Observatório se propõe a “ser os olhos e os ouvidos da advocacia, é onde temos concentrado esforços para ouvir a advocacia”. “É uma estrutura que estamos construindo e está indo muito bem”, contou.
“O projeto é inédito no país. É a primeira vez que a OAB passa a enfrentar de forma mais objetiva como está sendo a prestação jurisdicional”, afirmou Fukushima. Ele relatou algumas medidas que já vêm sendo adotadas no âmbito do Observatório, em relação à celeridade e à estrutura das unidades judiciárias. “É um projeto em construção que depende muito da participação dos advogados. Todas as subseções nomearam representantes no Observatório e esse trabalho só vai se aperfeiçoar com a adesão da advocacia”, disse Fukushima.
O coordenador do Observatório do Judiciário também divulgou a pesquisa para o diagnóstico, que será lançada em breve, está sendo elaborada de maneira ampla, analisando a Justiça Estadual, a Justiça Federal e a Justiça do Trabalho. Segundo ele, a contribuição dos profissionais será fundamental para delinear o perfil do Judiciário, levar solicitações e apresenstar demandas aos tribunais.