Presidente da OAB-PR reafirma: “Eleições para o Conselho Federal devem ser diretas”

Notícias publicadas na noite de domingo (4/7), a partir de postagem feita no Twitter do presidente da OAB Nacional, Felipe Santa Cruz, de que teria sido escolhido pela maioria das seccionais o candidato da situação para sucedê-lo, geraram indignação e fizeram voltar à tona o debate pela escolha direta para presidente da OAB.

Uma OAB sem partido e sem ideologia, com eleições diretas também para o Conselho Federal. Essa é tônica que deve pautar a escolha do próximo mandatário nacional da Ordem, afirma o presidente da OAB Paraná, Cássio Telles. A visão vem sendo difundida há tempos. No último dia 5 de outubro, data em que a Constituição Federal completou 32 anos, o lançamento da campanha Quero Diretas na OAB reuniu em um evento on-line organizado pela seccional do Paraná advogados de diversas regiões do Brasil.

A abertura solene do evento (confira aqui) reuniu importantes juristas  — dentre eles René Ariel Dotti, Cléa Carpi da Rocha, Ophir Cavalcante Júnior, Alberto de Paula Machado, Alfredo de Assis Gonçalves Neto, Edni Arruda, Clèmerson Merlin Clève, Romeu Bacellar, Eunice Martins e Scheer e José Miguel Garcia Medina.

Pauta

O tema das eleições diretas foi levado ao CFOAB pela OAB-PR e foi aprovado na comissão destinada a estudar as reformas eleitorais, juntamente com a paridade de gênero e as quotas raciais. Apenas essas duas matérias foram colocadas em pauta no plenário. A proposta das eleições diretas continua aguardando.

Com a proximidade da abertura do período de registro de chapas para as eleições nacionais na OAB — que começa em 31 de julho e vai até 31 de dezembro — o presidente da OAB Paraná reafirma: “As eleições para o Conselho Federal devem ser diretas. Professamos essa mensagem de forma pública, enfática e intransigente. Queremos democracia e escolha direta para o presidente da nossa instituição”, reafirma.

Telles também defende que as eleições sejam precedidas por uma campanha marcada pelo amplo debate, como é próprio dos ambientes democráticos. “Não há de ser o Colégio Eleitoral a decidir quem dirigirá o Conselho Federal. Teremos uma nova dinâmica e, portanto, não há que se falar em chapa única. Anunciar previamente qualquer resultado a mais de um semestre das eleições é desrespeitar todo o processo e, acima de tudo, princípio basilar da democracia que tanto defendemos”, destaca.