Pediatras advertem sobre baixa cobertura vacinal no Paraná

A Sociedade Paranaense de Pediatria (SPP), com o apoio da Comissão de Direito à Saúde da OAB Paraná, está em campanha para alertar os pais sobre a importância de manterem atualizado o calendário de vacinação dos seus filhos. Isto se deve ao fato de o Paraná, de acordo com dados do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde, apresentar baixos índices de cobertura vacinal infantil. Tem, por exemplo, o quarto pior índice de cobertura vacinal contra o sarampo, em todo o Brasil. Além disto, em praticamente nenhuma vacina oferecida às crianças, atingiu a meta necessária, que é superior a 90%.

“Como instituição que tem como um dos pilares a proteção de toda a sociedade, primando pela saúde coletiva, a OAB Paraná, por meio da Comissão de Direito à Saúde, endossa o apelo da SPP aos pais e lembra que a cobertura vacinal básica é um direito de todos os cidadãos. Imunizar-se é também um exercício de cidadania, pois evidencia que se pensa na proteção da coletividade. Também é importante destacar que a vacinação de crianças e adolescentes é obrigatória”, destaca Renata Farah, presidente da Comissão de Direito à Saúde da OAB Paraná.

Calendário

A vacinação infantil é essencial, porque as defesas imunológicas de crianças são fracas, de acordo com os integrantes do Departamento de Infectologia da SPP. Assim, quanto mais cedo forem levadas para a vacinação, mais cedo estarão protegidas. E isto vale também durante a pandemia. Os pediatras orientam que os pais devem telefonar para uma unidade básica próxima do seu domicílio ou para clínicas especializadas, que terão condições de manter o calendário atualizado.

O calendário é importante, pois de acordo com a SPP permite avaliar de forma adequada quais vacinas devem ser aplicadas. Conversar com o pediatra é sempre a melhor forma dos pais saberem sobre as campanhas de vacinação programadas de acordo com cada período do ano e faixa etária.  Além disto, de acordo com o Departamento Jurídico da SPP, a vacinação é obrigatória por lei. Está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, de acordo com a advogada Renata Farah.

A Sociedade lembra que as principais vacinas devem ser aplicadas desde o nascimento do bebê e vão até a terceira idade. Ao todo, são mais de 20 tipos, que ajudam a prevenir doenças graves. Pediatras citam como exemplos a meningite, pneumonia, hepatite, paralisia infantil, sarampo, febre amarela, entre outras.

Notícias recentes indicaram o reaparecimento de doenças imunopreveníveis, consideradas já erradicadas, como o sarampo, inclusive com casos fatais. O fato mostra o quão importante é a imunização. As vacinas podem causar algumas reações e efeitos colaterais, mas eles são leves e transitórios. Já os benefícios da vacina são amplos e duradouros, tanto para os indivíduos quanto para a coletividade.