Governança e ESG (do inglês environmental, social and governance) ou ASG (ambiental, social e governança) foram temas do 24º painel da IV Conferência Nacional da Mulher Advogada, na tarde desta sexta-feira (15/3). Os debates contaram com as contribuições das advogadas paranaenses Camila Kososki Lucchese, membro da Comissão de Estudos sobre Compliance e Anticorrupção Empresarial da OAB Paraná, e Fabiana de Almeida Paschotto, vice-presidente da Comissão da Advocacia em Estatais.
Inicialmente, Fabiana Paschotto apresentou os projetos de ASG da Sanepar, empresa onde atua. De acordo com a advogada, com relação à questão ambiental, a empresa está atenta e procura se adaptar às mudanças climáticas. “Há uma preocupação na adaptação de processos e procedimentos voltados à segurança hídrica, uma vez que a água é recurso natural finito”, disse. Ela citou projetos de cunho social e práticas de governança aplicadas pela concessionária junto ao seu público interno e externo.
Camila Lucchese destacou que as mulheres têm um papel fundamental e fazem a diferença na agenda ASG. “Precisamos que as mulheres tenham uma atuação tão importante nos conselhos das empresas quanto na sociedade, onde representam 51% da população”, lembrou. A advogada destacou a existência de um, entre os 17 ODS, apenas para as mulheres. “Não havendo esse empoderamento, não conseguimos atingir os demais objetivos de desenvolvimento sustentável”, afirmou.
Camila Lucchese também considerou que, sem governança não se tem o social e o ambiental nas empresas. Mas alertou que não se trata apenas de aumentar o número de mulheres. É necessário preparar um ambiente de trabalho seguro e saudável para que elas possam se desenvolver.
O painel foi presidido pela conselheira federal Rosângela Maria Herzer dos Santos (OAB/RS); relatado pela conselheira federal Hélia Nara Parente Santos Jacome (OAB/TO), e secretariado pela presidente da subseção do Gama e Santa Maria, Graciela Slongo (OAB/DF).