O Exame de Ordem (EOU) comemora dez anos de aplicação unificada neste 2020. Em celebração, o Conselho Federal da Ordem de Advogados dos Brasil (CFOAB) lança, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o relatório Exame de Ordem em Números.
O Exame de Ordem em Números apresenta um panorama geral da prova, disponibilizando dados e estatísticas nacionais e regionais, tendo como base os resultados da II à XXIX edição, realizadas entre 2010 e 2019, incluindo desempenho das Instituições de Ensino Superior do país, além de estatísticas e outros dados relevantes. A publicação traz reflexões sobre o papel do exame como balizador qualitativo do ensino jurídico no Brasil.
Analisando os resultados, entre 2010 e 2019, contabilizam-se 3.555.972 inscrições, o que representa média de 126.999 inscritos por edição e 380.997 inscritos por ano. Em 28 edições, 1.077.837 participantes fizeram a prova, destes, 660.298 (61,26%) foram aprovados. Dos advogados aptos hoje a exercer a profissão no país, mais de 50% passaram pelo EOU.
Na Região Sul, foram 175.300 inscritos, dos quais 113.041 foram aprovados. A taxa de aprovação é de 64,5%, a maior do país. O Paraná ocupa o segundo lugar na classificação por seccional do índice nacional, com taxa de aprovação no Exame de Ordem Unificado de 66%, atrás apenas do Ceará (70%).
Entre as 100 Instituições de Ensino Superior, com mais de 100 examinandos inscritos, de acordo com a taxa de aprovação média (entre as edições XXVII à XXIX*), o Paraná tem seis instituições públicas e cinco privadas classificadas:
Já apenas entre as instituições privadas, o Paraná tem o maior número da região Sul, com treze classificadas:
Confira aqui o Exame de Ordem em Números na íntegra
Exame de Ordem em Números
O Exame de Ordem é o instrumento de admissão, certificação e qualificação profissional para o exercício da advocacia no país. A Fundação Getulio Vargas é a organizadora do EOU desde a segunda edição unificada. Atualmente, a prova é aplicada três vezes ao ano, em 168 municípios, em todas as unidades da Federação. São duas fases eliminatórias: uma prova escrita objetiva, com 80 questões generalistas; e a segunda prova escrita discursiva de caráter prático-profissional.
Da VIII à XXIX edição, observa-se que os examinandos oriundos de Instituições de Ensino Privadas corresponderam a 94% dos inscritos, contra 6% da rede pública. Entretanto, no universo de aprovados, 13% são oriundos de instituições públicas, enquanto 87% de particulares. Ou seja, proporcionalmente, a taxa de aprovação média é maior entre examinandos de instituições públicas: 39% ante 17% das instituições particulares.
Nas 28 edições analisadas no relatório Exame de Ordem em Números, a média foi de 3,29 inscrições por examinando, ou seja, a cada edição, aproximadamente 30% dos participantes da primeira fase fazem a prova pela primeira vez.
Na análise, observa-se que foram necessárias até três tentativas para cerca de 75% dos aprovados na segunda fase (489.066 examinandos). Nesses 75% estão incluídos os 262.479 examinandos que obtiveram aprovação já na primeira tentativa, ou seja, 40% do total de aprovados.
Outra verificação mostra que mais de 40% dos participantes (469.748 ou 43,6% do total) se inscreveram em seccionais do Sudeste. Em seguida, vêm o Nordeste, com 20,7%; o Sul, com 16,3%; o Centro-Oeste, com 12,7% e o Norte, com 6,7%.