Para Gilson Dipp, Judiciário precisa de choque de gestão

As inspeções realizadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no Paraná indicam que o judiciário do estado precisa passar por uma mudança cultural. Em Curitiba para participar de uma palestra promovida pela Escola Superior de Advocacia da OAB Paraná, o corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, disse nesta quarta-feira (25) que a Justiça do estado precisa passar por um “choque de gestão”. Depois de dois anos à frente da Corregedoria Nacional de Justiça, Dipp será substituído em setembro pela ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça.
Segundo o corregedor, a presidência do Tribunal de Justiça do Paraná tem respondido a cada uma das 113 determinações apresentadas pelo CNJ. “Mas o que nós queremos é que o Tribunal do Paraná cumpra essas determinações, realize esse aprimoramento da máquina do Judiciário não para prestar contas ao Conselho Nacional de Justiça, mas para prestar contas ao cidadão, ao jurisdicionado, a quem ele deve os seus serviços”, afirmou. “E a si próprio, como órgão encarregado de administrar a Justiça no estado.”
Dipp também comentou a aprovação, na Assembleia Legislativa do Paraná, do projeto da Lei da Transparência, proposta encaminhada pela OAB Paraná e pela Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe), representantes do “Movimento O Paraná que queremos”. De acordo com o ministro, toda lei que visa a transparência é bem-vinda. “Divulgar salário correspondente ao cargo é uma obrigação do servidor público. É pago com o dinheiro público. Qual é o segredo”, pergunta Dipp. “No aspecto da transparência da divulgação, é um dever da administração divulgar os seus atos e é um direito do cidadão conhecê-los.”
Confira a entrevista completa concedida pelo ministro Gilson Dipp na edição de setembro do Jornal da Ordem.

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