O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, irá participar nesta segunda-feira (18), às 15 horas, no Ministério da Justiça, da primeira reunião do comitê gestor criado pelo governo federal para gerir e administrar a Campanha Nacional de Desarmamento. O convite para que a OAB integrasse o comitê foi feito pelo próprio ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que destacou a importância da presença da entidade: "A participação da OAB é de extrema importância nesse debate que afeta a cidadania pela grande responsabilidade e papel histórico dessa entidade. Precisamos muito das opiniões da OAB quanto à questão do desarmamento".
A iniciativa surge paralelamente à Campanha do Desarmamento, antecipada para maio, depois do ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, quando 12 estudantes foram mortos por um ex-aluno. Cardozo explicou que a Campanha do Desarmamento é uma das estratégias para enfrentar a violência e o crime organizado, mas que uma "política global" para impedir ilegalidades nas fronteiras está sendo estruturada em parceria com os Estados brasileiros e as nações vizinhas.
Acordos nesse sentido foram assinados recentemente com a Bolívia. A próxima etapa será uma reunião entre os governos do Brasil e do Paraguai e dos Estados do Paraná e de Mato Grosso do Sul. "Estamos buscando um aperfeiçoamento das relações com os Estados estrangeiros", disse Cardozo. O ministro reconhece que não há policiais suficientes para patrulhar toda a fronteira brasileira, mas diz que é possível integrar as polícias, investir em serviços de inteligência policial e em tecnologia e lembrou do uso de veículos aéreos não tripulados (Vants), que começa em alguns meses.
Fonte: Conselho Federal