A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB Paraná esteve na tarde deste sábado (18) na Penintenciária Estadual de Piraquara (PEP I), para averiguar a situação dos presos que contraíram a covid-19 e estão em isolamento. De acordo com a comissão, 55 presos estão isolados em três diferentes galerias – numa delas estão os que testaram positivo, em outra estão outros que ainda não foram testados mas apresentam sintomas, e numa terceira ala ficam os presos que têm alguma comorbidade e se enquadram nos grupos de risco. Foi apurado que nenhum deles precisou de atendimento emergencial ou teve que ser transferido para hospitais.
A direção da unidade confirmou à comissão que será feita a testagem em massa. Todos os detentos, agentes e servidores da unidade farão testes para detecção da doença.
De acordo com o diretor de Prerrogativas da OAB Paraná, que acompanhou a inspeção, as medidas que estão sendo adotadas cumprem os protocolos estabelecidos pelas autoridades sanitárias. Está havendo desinfecção da unidade e uma ambulância encontra-se em prontidão para atender as unidades prisionais.
“Não tínhamos informações seguras sobre a situação, por isso decidimos verificar in loco as medidas adotadas”, disse Alexandre Salomão, destacando que o Tribunal de Justiça, a Defensoria Pública, Ministério Público e a Corregedoria do Depen foram informados da vistoria da OAB. “Conversamos com os detentos e verificamos que o tratamento dado pela unidade está a contento, e que as recomendações do Gabinete de Crise Interinstitucional (do qual a OAB faz parte) estão sendo efetivadas”, afirmou.
Os presos que testaram positivo fizeram testes rápidos e ainda aguardam confirmação pela testagem via PCR para Covid-19. O resultado deve sair na próxima terça-feira. A direção da PEP I também confirmou que as atividades permanecerão suspensas por 14 dias.
Também participou da vistoria o advogado Elias Bueno Soares, membro da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos. A Comissão retornará à unidade durante a próxima semana, juntamente com representantes dos demais órgãos, para continuar acompanhando as medidas para evitar a proliferação da doença no presídio.