“A ENAJD escolheu encerrar este primeiro ciclo no Paraná, o que nos envaideceu bastante porque o projeto da escola é pioneiro, não se conhecia isso no âmbito da Justiça Desportiva Brasileira. Foram realizadas atividades em todo o território brasileiro muito próximas dos clubes, dos atletas, federações esportivas, levando orientação sobre como se conduzir na redução da violência, nos problemas de manipulação de resultados, nos problemas de doping, nos problemas relacionados à Justiça Desportiva – indisciplina, violência, entre outras questões”, destacou o secretário-geral da OAB Paraná, Alexandre Quadros. O trabalho da ENAJD atingiu mais de 3.500 atletas diretamente.
A primeira mesa de debates contou com a participação do presidente da Comissão de Direito Desportivo da Seccional, Paulo Gradela Filho, que também preside o Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paranaense de Futebol, do subprocurador da Justiça Desportiva do STJD do Rio de Janeiro, Marcelo Salomão, e do advogado Itamar Cortes, que compartilharam diferentes pontos de vista e as peculiaridades de suas experiências na Justiça Desportiva. A mesa foi presidida por Alexandre Quadros.
O diretor geral da ENAJD e auditor do STJD, Paulo Salomão Filho, presidiu o segundo painel de debates, que tratou de dois temas em destaque na mídia: doping e match-fixing. O presidente da Comissão Antidoping da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Fernando Solera, e o advogado Luciano Hostins, um dos maiores especialistas em doping, apresentaram um panorama abrangente sobre o problema no Brasil.
O coordenador-geral da ENAJD, Paulo Schmitt, trabalhou o tema da manipulação de resultados, apresentando dados e informações sobre o funcionamento do movimento de corrução global que atinge todas as modalidades esportivas. Schmitt, que é hoje o principal interlocutor brasileiro junto à Interpol, também falou sobre a operação Game Over deflagrada a partir das ações da Escola e Comitê de Integridade da Federação Paulista de Futebol (FPF).
“Se a manipulação de resultados cresce, a consequência é a redução do esporte, porque o esporte é o imponderável. Duas coisas são importantes: não saber o resultado e a igualdade de participação. Se você manipula o resultado, tira as duas coisas e esvazia a atividade esportiva”, ponderou Quadros.