O documentário O Silêncio das Rosas foi exibido no auditório da OAB Paraná na noite desta terça-feira (16). O filme, do diretor Eliton Oliveira, reúne 21 depoimentos de mulheres vítimas de violência, parentes de vítimas de feminicídio, e profissionais da áreas médica, psicológica, jurídica e policial, envolvidas diretamente no combate à violência doméstica e nas políticas públicas de proteção à mulher. Entre alguns casos tratados com advogados estão o de Tatiana Spitzner, de Guarapuava, e o de Renata Mugiatti, de Curitiba.
A presidente da OAB Paraná, Marilena Winter, ressaltou a importância da abordagem e da reflexão sobre o tema na sede da seccional. “Esse é o objetivo da nossa casa: se abrir para debates tão relevantes, por meio de um documentário tão essencial. Nos sentimos representados por ter mais uma voz falando desse assunto e de modo tão eloquente”.
A relevância do tema e sua urgência também foram tratadas pela presidente da seccional. “É preciso falar deste tema de modo a não banalizar. Precisamos muito fazer isso, porque ainda há muita dificuldade e, por outro lado, existe uma naturalização de determinados comportamentos e condutas. Estamos falando de uma violência que é extrema, as mortes e as lesões pelas quais mulheres passam são exacerbadas, é tudo muito chocante. E sempre que nos deparamos com essa realidade fica a pergunta: o que vamos fazer a respeito disso? Por isso, é fundamental essa reflexão”, concluiu Marilena.
O evento foi organizado pela Escola Superior da Advocacia (ESA) – representada pela coordenadora Marília Pedroso Xavier e pela coordenadora de Direito Público, Cintia Estefânia Fernanades –, em parceria com as comissões da OAB Paraná, cujos presidentes participaram do debate. Estiveram presentes Nanci Stancki da Luz, da Comissão de Estudos de Violência de Gênero, Ema Palú Bueno, da Comissão das Mulheres Advogadas e Anderson Rodrigues Ferreira, da Comissão de Direitos Humanos. Também estiveram presentes o advogado Gustavo Scandelari, que atua no caso Tatiane Spitzner, e a advogada Maria Francisca Accioly, que atua no caso Renata Muggiati.