Representantes de diversos segmentos da sociedade estiveram reunidos na manhã desta quinta-feira (6/2) na Casa da Mulher Brasileira, criada em 2016 para prestar atendimento às vítimas de violência. O grupo apresentou situações que demandam o aprimoramento dos serviços prestados pela instituição, que é referência em acolhimento às mulheres. Há somente outras seis unidades do gênero funcionando no Brasil. Entre os pontos de melhoria levantados, foram citados a importância de separar a entrada de vítimas e de agressores que vão prestarem depoimento e também a necessidade de se reduzir o tempo que as mulheres esperam pelo atendimento.
Desde sua instalação, a Casa da Mulher Brasileira vem sendo aprimorada com a concentração de serviços, de modo a facilitar o atendimento das vítimas em todos os aspectos: físico, psicológico, social e jurídico. “O número de ocorrências policiais de violência contra a mulher efetivamente registradas praticamente dobrou desde que passamos a ter a delegacia aqui instalada”, afirmou Sandra Prado, coordenadora-geral da Casa da Mulher Brasileira.
A OAB Paraná, representada pelo presidente Cássio Telles, pela vice-presidente Marilena Winter e pela presidente da Comissão de Estudos sobre Violência de Gênero (Cevige), Helena Rocha, anunciou sua intenção de estabelecer uma sala para a advocacia na Casa da Mulher Brasileira. “Será um espaço para facilitar a atuação dos advogados que atuam em casos que envolvem violência contra a mulher. Esse tema é muito importante para a seccional e tem pautado muitas campanhas promovidas pela Ordem”, destacou Telles.
Marilena Winter exaltou a importância da reunião e a necessidade de medidas preventivas. Ela também destacou a capacidade da OAB de atuar na capacitação e orientação e também auxiliar os atendimentos por meio da advocacia dativa. “A OAB vem se somar às demais entidades que integram o Sistema de Justiça para aperfeiçoar o atendimento na Casa da Mulher”, pontuou.
Helena Rocha lembrou que a Casa é uma conquista para toda a sociedade e que a OAB Paraná participou, tendo a advogada Sandra Lia Barwinski como representante da Cevige, das lutas para que o estado pudesse contar com a instituição. Também estiveram presentes ao encontro representantes da prefeitura, da Polícia Civil, do Ministério Público e da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEVID) do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).