Faleceu nesta quinta-feira (13/7), em São Paulo, a advogada e professora Ada Pellegrini Grinnover, de 84 anos. A advogada presidiu o Instituto Brasileiro de Direito Processual (IBDP). Como especialista no tema, participou da reforma do Código de Processo Penal e do Código de Defesa do Consumidor, foi coautora da Lei de Interceptações Telefônicas, da Lei de Ação Civil Pública e da Lei do Mandado de Segurança e fez pesquisas sobre meios alternativos de solução de controvérsias. Também lecionou na Universidade de São Paulo (USP), como livre docente, até os 70 anos. Foi autora e organizadora de dezenas de obras do Direito.
“A OAB Paraná lamenta o falecimento da professora Ada, jurista renomada e processualista ativa, que sempre aceitou os convites para estar aqui na nossa casa. A OAB Paraná foi brindada recentemente com uma conferência dela que ficará na memória de todos”, lembra o presidente seccional, José Augusto Araújo de Noronha, em referência à noite de 28 de junho de 2017 (foto), quando a advogada ministrou a palestra magna de encerramento do II Curso de Atualização no CPC/2015, promovido pela Escola Superior de Advocacia (ESA) da OAB Paraná, coordenada pela advogada Graciela Marins.
Na ocasião, a processualista afirmou que se perdeu uma grande oportunidade de efetivamente fazer um novo código, que partisse dos conflitos existentes na sociedade para se buscar a tutela jurisdicional adequada. “É verdade que o CPC/2015 contém institutos novos, bastante interessantes, como o negócio jurídico processual, em que há uma simbiose entre público e privado. É verdade que ele dá um grande espaço para a jurisprudência, aproximando-se mais da common law, e que há uma espécie de estabilização da tutela antecipada, que não é aquela que tínhamos proposto há dez anos. Mas não é um novo código”, argumentou Ada.
“A professora Ada foi uma das maiores processualistas do Brasil, com uma personalidade autêntica, que muito contribuiu para o estudo do direito processual, tanto no campo penal quanto no cível. É uma grande perda. Há duas semanas estava aqui conosco, trabalhando. Ela morreu vivendo”, afirma Graciela Marins.
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