A OAB Paraná instalou nesta quarta-feira (18) a Câmara de Mediação e Arbitragem. Sob a presidência da advogada Inaiá Nogueira Queiroz Botelho, o órgão administrará conflitos envolvendo advogados e sociedades de advogados, tendo como uma de suas principais características o regime de confidencialidade.
“Daremos um grande passo no sentido de estabelecer um órgão de solução de conflitos entre advogados e sociedades, que será um modelo para o Brasil”, frisou o presidente Cássio Telles ao saudar os integrantes da Câmara, composta também por Valéria de Sousa Pinto (vice-presidente), Paulo Roberto Nalin, Silvia Gomm, Helena Coelho, Bruno Guandahni, Eroulths Cortiano Junior, Renata Baglioli e Elisa Cruz. A coordenação da Câmara de Mediação e Arbitragem estará a cargo da advogada Christiane R. Minhoto.
Telles frisou que o órgão está aberto e em pleno funcionamento para advogados e sociedades que desejarem a resolução não arbitral de conflitos. “Esperamos que a Câmara sirva como uma fonte propulsora da difusão do instituto da arbitragem, que possamos ser modelo e também que nossos colegas passem a ver a arbitragem como uma alternativa viável para resolver conflitos, que se tenha a propagação da cultura de buscar, cada vez mais, as soluções adequadas, privilegiando a arbitragem”, ressaltou.
Referência
A presidente da Câmara de Mediação e Arbitragem esclareceu que o objetivo é que este seja um espaço de aprimoramento de soluções não judiciais de conflito. “Este é um trabalho de muitas mãos que contribuíram para que chegássemos a este momento. Acredito muito na mediação e gostaria de ver advogados chegando a um consenso aqui”, disse Inaiá Botelho.
Inaiá lembrou que o projeto da Câmara de Mediação e Arbitragem começou em 2015, na gestão do ex-presidente Juliano Breda. “Uma das coisas que a Ordem me ensinou desde que este projeto começou é que o processo democrático e a construção das coisas que ficam perenes passam por um processo de maturação muito importante. O debate, as discussões e o enriquecimento das ideias fazem com que as coisas aconteçam. O tempo que a Câmara demorou para ser desenvolvida, portanto, é o tempo que precisava demorar, porque hoje posso garantir que o nosso regulamento é muito melhor do que quando começou”, disse.
A vice-presidente da Câmara de Mediação e Arbitragem, Valéria de Sousa Pinto, afirmou que o maior desafio será mostrar aos colegas a seriedade dos dois institutos para que a proposta caminhe. “Cada membro deste conselho foi escolhido individualmente, são todos nomes de referência. Faremos um trabalho em prol das boas resoluções daqui para frente”, disse.