OAB Paraná e Amatra IX discutem demandas comuns

 

As demandas comuns entre advogados e magistrados foram amplamente debatidas nesta quinta-feira (5), durante reunião entre as diretorias da OAB Paraná e da Associação dos Magistrados do Trabalho da 9ª Região (Amatra IX). O encontro teve como objetivo identificar as circunstâncias em que as instituições podem colaborar mutuamente para o melhor desempenho da atividade jurisdicional. Participaram da reunião o presidente da Amatra IX, Paulo da Cunha Boal, o secretário-geral adjunto da Seccional, Alexandre Quadros, o conselheiro federal Cássio Telles e o procurador-geral Andrey Salmazo Poubel.

As entidades identificaram alguns projetos comuns em que a OAB pode colaborar com temas caros à Justiça do Trabalho, como por exemplo trabalho escravo, trabalho infantil, tráfico de pessoas. “São temas que são desenvolvidos aqui na Ordem pelas nossas comissões, que são enfrentados na Justiça do Trabalho”, explicou Alexandre Quadros. A intenção, frisou o secretário-geral adjunto, é desenvolver um trabalho conjunto neste aspecto, tanto do ponto de vista de pesquisa e de troca de informações, como de produção.

Também estiveram em pauta temas como as prerrogativas profissionais e o sistema PJe. As instituições convergem no sentido de que o PJe é desfavorável tanto para magistrados quanto advogados. “A advocacia permanece no intento de encontrar uma solução mais favorável aos operadores do Direito do que esta que o atual sistema oferece. Fomos duplamente penalizados no Paraná em relação a esta matéria porque nós não só temos que lidar com um sistema que é claramente ineficiente e retrógrado, como perdemos um sistema que funcionava”, avaliou Quadros.

Em relação ao corte no orçamento da Justiça do Trabalho, o presidente da Amatra IX externou a mesma preocupação já manifestada pela OAB Paraná. O secretário-geral adjunto frisou que a advocacia não aceita a descontinuidade do serviço público, nem a diminuição de um setor do Estado que é fundamental. “A advocacia está extremamente preocupada com a situação e não aceita o impacto de redução de atividades porque estamos falando em serviço público, cuja premissa é a sua continuidade. O que visualizamos não é apenas um problema orçamentário, mas uma possível intenção de reduzir um setor do poder judiciário. O que não pode ser admitido”, sustentou.

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