Representantes das seccionais do Paraná e de Santa Catarina estiveram nesta quarta-feira (30) com a presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), Marlene Fuverki Suguimatsu. Os advogados solicitaram que o TRT-PR faça um convênio com o TRT-SC, para que as audiências relativas às demandas trabalhistas de Porto União sejam realizadas na Vara do Trabalho de União da Vitória.
“Hoje, Porto União pertence à Vara de Caçador e os advogados têm que se deslocar 160 quilômetros em uma estrada com muitas curvas e em péssimo estado de conservação. O pedido é no sentido de facilitar a vida dos nossos colegas, tanto os de Porto União, quanto os de União da Vitória, que advogam em causas trabalhistas relacionadas à base de Porto União, bem como do jurisdicionado ”, explicou o presidente da OAB Paraná Cássio Telles.
Um sistema semelhante ao solicitado à desembargadora Marlene Fuverki Suguimatsu já existe em Rio Negro e Mafra. Naquela região, a Vara do Trabalho está situada em Mafra e as audiências relativas aos processos Rio Negro são realizadas na comarca, por um juiz de São José dos Pinhais que se desloca até Mafra. No caso de Porto União , um juiz de Caçador se deslocaria para realizar as audiências em União da Vitória .
A presidente do TRT-PR sinalizou positivamente ao pleito da advocacia e afirmou que disponibilizará as instalações da Vara do Trabalho de União da Vitória para este fim. Em uma próxima etapa, a diretoria da OAB Santa Catarina irá conversar com a presidente do TRT da 12º Região para viabilizar o convênio.
“Reconhecemos e aplaudimos a iniciativa da desembargadora Marlene relativa às cidades de Rio Negro e Mafra. Esta é uma solução muito criativa num momento em que nós enfrentamos dificuldades orçamentárias no Judiciário. Soluções como esta demonstram racionalidade na gestão pública, e são muito bem-vindas porque favorecem o atendimento à população”, destacou Christhyanne Bortolotto, secretária-geral adjunta da OAB Paraná.
A reunião também contou com as presenças do conselheiro estadual Laury Fagundes, do presidente da OAB União da Vitória, Omar Eddine, e do vice-presidente da Subseção de Porto União Luciano Ribas Passos. Eddine lembrou que a medida beneficiará sobretudo a população: “muitas vezes as pessoas deixam de ajuizar a ação, porque têm que ir a Caçador. Precisamos melhorar o acesso à Justiça”, finalizou.