Uma sessão solene formalizou na tarde desta quarta-feira (12), a inauguração da Sala do Advogado no Fórum Criminal. Localizado no Centro Judiciário de Curitiba, o espaço de 70m² conta com seis estações de trabalho, computadores, internet de alta velocidade e poltronas confortáveis. A estrutura está à disposição de todos os advogados que frequentam o fórum, com uma novidade: o sistema de biometria por íris, que garantirá mais segurança e comodidade aos profissionais. Uma vez cadastrados, os advogados poderão acessar a sala a qualquer hora do dia, inclusive nos plantões.
“Hoje nós formalizamos a inauguração desta sala, que é uma das melhores do estado do Paraná. Ela atende com dignidade à advocacia criminal, que precisa de um espaço digno para fazer prontamente suas petições. Acredito que conseguimos atingir nosso objetivo. Muito do sucesso desta sala se deve à sensibilidade do presidente do TJ-PR, que cedeu um espaço. Por tudo isso, nós reconhecemos o tratamento adequado que o desembargador Renato Bettega sempre deu aos pedidos da OAB. E este é um deles. Se o temos, é devido à sensibilidade do TJ a nossa causa”, disse o presidente da OAB Paraná José Augusto Araújo de Noronha.
Em nome da diretoria da OAB, o vice-presidente Airton Molina entregou uma placa em homenagem ao presidente do TJ-PR, Renato Bettega. “A diretoria da OAB Paraná agradece por sua valorosa contribuição para a melhoria da prestação jurisdicional em primeiro grau, com o reconhecimento de que sua atuação fundamental para a existência de instalações dignas”, dizia trecho da homenagem. Bettega também recebeu uma láurea de agradecimento da seccional.
O presidente do TJ-PR agradeceu o reconhecimento, afirmando que o tribunal caminha ao lado da OAB pela melhoria da prestação jurisdicional. “É obrigação de um presidente agir dessa maneira. É preciso olhar para o primeiro grau, para os jurisdicionados”, disse. “Estou realmente muito emocionado”, completou.
Também receberam homenagens, os representantes da Associação Paranaense dos Advogados Criminalistas (Apacrimi), presidida pelo advogado Alexandre Salomão, e da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracim), presidida por Elias Mattar Assad. “É muito importante para a advocacia criminal esta estrutura que a Ordem está oferecendo, tendo em vista que o trabalho do advogado é contínuo. O novo modelo de acesso também é muito importante, uma vez que o plantão judiciário é realizado aqui nas dependências do fórum. Isso irá viabilizar a utilização da sala mesmo nos momentos em que o funcionário não estiver presente”, avaliou Salomão.
Estrutura
Inaugurado pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) no último mês de julho, no bairro do Ahú, o prédio destinado ao Fórum Criminal tem quatro pavimentos e uma área de 15.994,72m². O Departamento de Engenharia e Arquitetura do tribunal projetou espaços que garantem um atendimento de qualidade aos jurisdicionados, com plena acessibilidade a todos os ambientes. O projeto estabeleceu duas salas destinadas à advocacia, uma no prédio dos Juizados Especiais e outra no Fórum Criminal.
Para o presidente da Comissão da Advocacia Criminal, José Carlos Cal Garcia Filho, trata-se de uma importante conquista para os advogados, especialmente os criminais, que a partir de agora dispõem de um instrumento de trabalho em excelentes condições. “A advocacia criminal agradece a cessão deste espaço de dignidade e também à diretoria da OAB pelo empenho desenvolvido em prol dos advogados do Paraná”, disse.
Homenagem
A Sala da OAB no Fórum Criminal leva o nome do advogado Dálio Zippin. O filho do homenageado, o advogado criminalista Dálio Zippin Filho, agradeceu o reconhecimento, frisando que Zippin “era um advogado na verdadeira acepção da palavra”. “Ele sempre lutou pelos direitos humanos, pelos direitos dos advogados. E o exemplo dele está frutificando. Meu pai advogou durante 49 anos na área cível e foi o primeiro administrador da sala dos advogados. Durante muito tempo ele pagou telefone e funcionário do próprio bolso, até que a Ordem assumiu isso tudo. Esta homenagem é muito importante, não só para a família, mas porque ela demonstra às futuras gerações que vale a pena ser um advogado correto, honesto, que se preocupa com as questões da Ordem e da advocacia”, disse.
A filha do homenageado, Anita Zippin, afirmou que o pai foi uma inspiração tanto para a carreira de advogada como de assessora jurídica no tribunal, onde atuou durante 37 anos. “Meu pai me trazia no fórum, me fazia carregar processos e à época eu não entendia o que eu estava fazendo entrando nos tabeliães. No fundo, ele estava me ensinando a prática forense, que na época era uma disciplina que não existia na faculdade. O nosso pai acabou nos formando, sem que percebêssemos que estávamos sendo formados”, disse.