O advogado paranaense José Augusto Noronha, diretor-tesoureiro da OAB Nacional, abriu o II Colégio de Diretores-Tesoureiros das subseções da OAB Mato Grosso (OAB-MT), em Cuiabá, na sexta-feira (4/10), onde destacou a preocupação com o momento vivido pela advocacia e a importância da boa gestão dos recursos da classe. Com austeridade, eficiência e transparência como palavras de ordem, o II Colégio de Diretores Tesoureiros da OAB-MT contou com representantes de todas as subseções de Mato Grosso.
“Com quase 1,2 milhão de advogados, vivenciamos uma explosão no número de colegas, alguns passando dificuldades para sobreviver, para pagar o básico, botar pão e leite em cima da mesa. Alguns colegas não vão ter chance na advocacia. Essa é a grande verdade, nós temos de ser francos”, destacou Noronha. A revolução tecnológica, afirmou, tem diminuído os postos de trabalho.
Temas como gestão, inadimplência e como executar o orçamento foram debatidos ao longo do evento. O diretor-tesoureiro da OAB Nacional ressaltou a importância da realização periódica dos encontros para sanar dúvidas e promover uma gestão eficiente. “O que precisamos fazer? Valorizar cada centavo do advogado, investir onde pudermos para ajudar aqueles que precisam se manter na advocacia. Temos de devolver ao advogado muito mais do que ele paga, de ser mais eficientes na nossa gestão”, pontuou.
Na prática
De acordo com o diretor tesoureiro da OAB-MT, Helmut Flávio Preza Daltro, o encontro foi extremamente produtivo, especialmente pelo fato de que nesta segunda edição foi possível aliar a teoria e a prática da prestação de contas, que sintetizam num documento a verdadeira finalidade e atribuição do diretor financeiro. Na oportunidade, segundo ele, também foi apresentado o relatório individualizado de cada subseção, cujas informações conferem transparência nas ações financeiras e levam orientações de como moldar e modular o fluxo financeiro.
“Conseguimos reunir a maioria dos tesoureiros das subseções com ações e orientações práticas, trazendo exemplo do que é permitido pelos normativos expedidos pelo Conselho Federal e do que precisa, necessariamente, ser evitado, já que a partir janeiro teremos a vigência do Provimento 185, que trouxe uma alteração substancial no controle da gestão financeira do Sistema OAB. Estamos tranquilos quanto a nova roupagem da prestação de contas e, por isso, adiantamos a cobrança nos moldes do provimento, até mesmo para preparar todos os gestores para esse novo momento de austeridade, de economia, mas, principalmente, de transparência com os valores advindos da advocacia”, declarou Daltro.