Na faixa dos 18 aos 24 anos, 15% das brasileiras estão cursando ou concluíram um curso de graduação. Entre os homens, o porcentual é de apenas 11,8%. Apesar da escolaridade maior, as mulheres têm, em média, salários mais baixos que os homens. Nos cargos de gestão, como diretorias e gerências, elas recebem 30% menos. Os dados foram apresentados pelo CEO do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), Sandro Vieira, em evento realizado na manhã desta sexta-feira, 30 de junho, na OAB Paraná.
O debate “Trabalho igual, salário igual – um mapeamento da situação de trabalho da mulher em nosso estado” foi organizado pela Comissão da Mulher Advogada da seccional, presidida por Luciana Sbrissia, em conjunto com o IBQP e a Business Professional Womam (BPW) Curitiba. A advogada Christhyanne Regina Bortolotto, da BPW, fez um histórico da participação das mulheres no mercado de trabalho. O padrão de reduzida remuneração feminina, apontou, é um traço cultural a ser modificado.
Vieira também destacou o aumento da representatividade feminina como referência nos lares brasileiros. Em 1995, destacou ele, eram 23% os lares brasileiros que tinham uma mulher como referência. Hoje, são 40%. “Nas famílias com renda de até um salário mínimo o porcentual é de 55%”, destaca, lembrando que muitos desses lares são sustentados por atividades empreendedoras de baixo impacto.
Dados da pesquisa Global Entrepreneuship Monitor (GEM), conduzida no Brasil pelo IBQP segundo metodologia formulada pela London School of Economics e pelo Babson College, dos Estados Unidos, apontam que 40% dos brasileiros estavam envolvidos ou iniciando atividades empreendedoras em 2015. O índice coloca o país em posição de destaque na lista das 80 nações monitoradas. “No entanto, não é o empreendedorismo do cachorro quente que colocará nossa economia em nível de classe mundial. Precisamos avançar no empreendedorismo de alto impacto”, ressaltou.
Além de Vieira e de Christhyanne, o evento contou com a participação do headhunter Bernt Entschev, da De Bernt.