O Ministério Público do Paraná ofereceu denúncia em face dos acusados da morte do advogado Igor Kalluf. Foram denunciados, com base nos autos do inquérito policial da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Bruno Ramos Caetano, Ilson Bueno de Souza Júnior e André Bueno de Souza Júnior.
De acordo com o MP, os denunciados incidiram no tipo penal previsto no artigo 121, §2º, incisos I, III e IV,c/c art. 29, na forma do artigo 70, segunda parte, do Código Penal. Conforme a promotoria, os denunciados praticaram o crime imbuídos por motivo torpe (em razão da cobrança de uma dívida decorrente do comércio de pedras preciosas), mediante dissimulação (uma vez que o denunciado Bruno Ramos tentou ganhar confiança e atrair a vítima para o local dos fatos, surpreendendo-a e dificultando qualquer chance de defesa), e resultando em perigo comum (pois o fato aconteceu em local de fácil acesso do público, em horário comercial, com risco de atingir mais clientes e funcionários).
No dia 11 de junho, o advogado Igor Kalluf foi alvejado com vários tiros à queima roupa, numa loja de conveniência de um posto de combustível, no centro da capital, enquanto representava um cliente. Também morreu o amigo de Igor, Henrique Mendes Neto, que estava com ele no local do crime. De acordo com o que foi apurado no inquérito, o mandante Bruno Ramos estava envolvido com o comércio ilegal de pedras preciosas e tinha uma dívida com um fornecedor. Igor Kalluf, na qualidade de advogado, havia sido contratado pelo fornecedor para cobrar a referida dívida.
A Diretoria de Prerrogativas da OAB Paraná vem acompanhando o caso desde o primeiro momento, por meio dos advogados Hugo Machado e Marluz Lacerda Dalledone, da Comissão de Apoio às Vítimas de Crime. Além do acompanhamento das investigações, os advogados designados pela OAB também tiveram como foco a proteção das testemunhas do homicídio.