Nos novos tempos, os advogados e advogadas precisam acompanhar as inovações e ter versatilidade na atuação profissional, essas qualidades estão associadas ao que é a chamada advocacia 4.0. A postura e a mentalidade de profissionais com esse perfil foram abordadas no OAB Talk com o advogado da união e palestrante Valter Otaviano. Ele é mestre em Direito pela PUC Paraná e especialista em desenvolvimento humano pelo Grupo OTA. Os painéis OAB Talk e a íntegra da conferência podem ser conferidos na plataforma oficial do evento.
“A crise pandêmica nos trouxe perigo, mas também oportunidades. Porém, só conseguimos perceber uma oportunidade de acordo com a realidade que eu enxergo. Nós vemos o mundo com nossas lentes mentais. Essas lentes, esses modelos mentais são os chamados mindsets. São eles que vão me permitir perceber o contexto atual, que é de hiperconectividade”, afirma Otaviano, que é também membro da Comissão de Advocacia Pública da OAB Paraná.
O advogado com mentalidade 4.0 é aquele que consegue perceber que em mundo hiperconectado é importante compartilhar os propósitos individuas. Segundo o professor, se o profissional conseguir fazer isso, sempre terá seu espaço na advocacia. “Quando um advogado se forma, ele não tem que se perguntar em qual área pode ganhar mais dinheiro, mas sim qual valor que ele acredita que pode ser dividido, passado às outras pessoas”, explica.
Outro apontamento relevante da palestra foi como os profissionais de advocacia devem tratar seus clientes no modelo 4.0. A dica é deixar o “juridiquês” de fora e traduzir para o cliente o que acontece na sua vida, ao seus redor e nas relações jurídicas que o envolvem. “Não podemos mais entregar apenas uma resposta jurídica, mas entregar valor, pois hoje tem muita informação e o cliente chega ao escritório já sabendo qual ação deve ser ajuizada”.
Para agregar esses valores, Otaviano sugere que os profissionais, dentro do contexto da advocacia 4.0, preocupem-se não apenas com as habilidades mais difíceis, como peticionar e fazer recursos, mas também em desenvolver as chamadas soft skills, que envolvem , no caso do profissional do direito, empatia, saber falar e se comunicar bem.
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