Marion Bach fala sobre prerrogativas em seminário da Apacrimi

A OAB Paraná sediou na tarde desta sexta-feira (26/7) o seminário em comemoração aos 34 anos da Apacrimi (Associação Paranaense de Advogados Criminalistas). O evento foi aberto pelo presidente da Apacrimi, Rogério Nicolau. O membro e orador da Associação, Eurolino Sechinel dos Reis, discorreu sobre a história da instituição e o papel da advocacia criminalista.

A diretora de Prerrogativas da OAB Paraná, Marion Bach, participou do primeiro painel, sobre prerrogativas profissionais da advocacia e redes sociais, ao lado do conselheiro estadual da OAB Andrey Salmazo Poubel e do presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas da seccional, Ygor Nasser Salah Salmen.

Marion Bach destacou que as prerrogativas devem ser vistas como uma pauta coletiva. A diretora relatou situações em que o advogado tem suas prerrogativas violadas, mas ao invés de acionar a OAB pelos canais oficiais, opta por fazer um stories cobrando a atuação da Ordem. “Isso demonstra que ele não está preocupado com as prerrogativas e sim em ganhar likes nas redes sociais”, disse Marion.

Para a diretora da OAB, esse tipo de comportamento coloca toda a advocacia em cheque, menospreza e torna mais frágil a instituição à qual pertence. “O uso das redes sociais deve ser feito dentro de limites éticos, morais e legais. Pode utilizar-se das redes sociais pensando em sua imagem como profissional, numa forma de valorizar o seu nome, mas principalmente de valorizar a advocacia”, afirmou.

Para Andrey Salmazo Poubel, falar sobre prerrogativas e redes sociais é ir além do conceito tradicional. “Prerrogativas são muito mais do que direitos do advogado. São uma ferramenta poderosa com a qual podemos enfrentar as piores dificuldades. Prerrogativa é poder, mas precisa ser usada com responsabilidade”, destacou.

Ygor Nasser Salah Salmen lembrou que as prerrogativas da advocacia existem há mais de 90 anos, desde que a profissão foi regulamentada em seu primeiro estatuto, entretanto até hoje persiste a luta contra as suas violações. “Nosso papel como instituição é receber esse conteúdo massivo de informações, avaliar o percurso que foi realizado até aqui, calcular o que precisa ser feito e entregar à advocacia um resultado prático – a preservação da nossa categoria, o respeito às prerrogativas, de forma que o advogado seja tratado com a importância que lhe é devida”, ponderou Salmen.

A programação do seminário prosseguiu com mais quatro painéis que trataram da ADF 347 e o estado de coisas inconstitucional: a necessidade de uma execução penal justa no Brasil, do direito penal, da repercussão processual da criminalidade econômica e do tribunal do júri.