Dentre as bandeiras que vêm pautando a atuação da Ordem dos Advogados do Brasil em seus 90 anos de trajetória, a justiça social é uma das mais caras à instituição. A premissa já permeava a missão e os valores da entidade no ato de sua instalação, em 18 de novembro de 1930, e se consolidou ao longo de sua história de lutas em defesa da democracia e dos direitos humanos.
“A justiça social é um tema que exige constante vigilância e trabalho ininterrupto para que a sociedade evolua sempre. A Ordem dos Advogados do Brasil tem estado sempre à frente nessa luta, honrando a tradição da advocacia, e deve permanecer atenta, especialmente neste momento em que a conturbada política brasileira e a revolução causada pela pandemia assinalam para um futuro desafiador”, frisa o diretor tesoureiro da OAB Paraná, Henrique Gaede.
Para Gaede, as conquistas da instituição para a sociedade são frutos da atuação diuturna nas causas sociais, especialmente pelo trabalho das diversas comissões temáticas e das diretorias nacional, das seccionais e das subseções. “Caberá mais uma vez à OAB liderar a sociedade civil de modo a assegurar que nos tempos da retomada possamos seguir evoluindo em matéria de justiça social e que tudo o que o mundo está passando não sirva de justificativa para regressões nessa área”, pondera.
O secretário-geral Rodrigo Rios pontua que os desafios que se anunciam na contemporaneidade sinalizam a necessidade de intensificação do trabalho da OAB. “As transformações sociais e tecnológicas têm exigido rápida adaptação e demandado uma atuação cada vez mais incisiva junto aos órgãos públicos”, avalia. “Não por outro motivo, a atuação da OAB deve se voltar, em igual medida, ao Exame de Ordem e à capacitação do jovem advogado ao exercício da profissão. É preciso ocupar esse espaço para, também assim, contribuir com o ensino jurídico de qualidade”, sustenta.