A Associação dos Juízes Federais do Rio Grande do Sul realizou uma pesquisa junto aos magistrados sobre a implantação do processo eletrônico, e constatou que a grande maioria encontra uma série de dificuldades na utilização dos sistemas de informática. A maioria relatou também que constatou piora em seu estado de saúde e bem-estar no trabalho:
78,89% sentiram piora em sua saúde e seu bem-estar no trabalho com o processo eletrônico
86,81% sentiram dificuldades de visão com o processo eletrônico
apenas 19,10% não sentiram dores físicas desde que começaram a trabalhar com o processo eletrônico
95,56% acham que o processo eletrônico pode piorar sua saúde no futuro
nenhum associado se sente amplamente orientado para prevenir problemas de saúde decorrentes do processo eletrônico e apenas 8,79% acham receber orientação razoável/suficiente
82,02% estão insatisfeitos com suas condições de trabalho em relação ao processo eletrônico
82,43% estão insatisfeitos quanto à visualização de documentos e autos eletrônicos no Eproc2
78,21% estão insatisfeitos quanto às funcionalidades, opções e comandos do Eproc2
O presidente da OAB Paraná, José Lucio Glomb, comentou a pesquisa e disse que os resultados são “surpreendentes”. Segundo Glomb, a pesquisa mostra que a implantação do processo eletrônico deve ser cautelosa. “Se os magistrados, que contam com assessoria e todo o apoio técnico dos setores de informática dos tribunais, estão enfrentando esse problema, o que dirá dos advogados que estão obrigados a receber essas mudanças impostas de cima para baixo”, comentou. Clique aqui para ver a íntegra da pesquisa.