As atividades do II Colégio de Presidentes de Subseções, realizado em Cianorte, continuam nesta sexta-feira (29) e tiveram início com a participação do presidente do Instituto dos Advogados do Paraná, Tarcísio Kroetz, e do presidente do Centro de Estudos das Sociedades de Advocacia (Cesa), Gustavo Brigagão. A presidente da OAB Paraná, Marilena Winter, abriu os trabalhos ressaltando a importância da integração com outras entidades do direito.
“A ideia da integração de toda a advocacia do Paraná é algo que estamos cada vez mais assimilando. Trazer todos os advogados e advogadas paranaenses, cada vez mais, nesse caminho do aperfeiçoamento é um dos nossos principais objetivos”, explicou a presidente, ligando a outro ponto de destaque da gestão. “A ideia é termos uma advocacia de excelência, que estamos trabalhando para acolher e para que seja reconhecida como uma advocacia que prepara, que se aperfeiçoa, que está em um contexto em que possa ser reconhecida no estado e em nível nacional como uma advocacia de alta qualidade”, concluiu Marilena.
O presidente do IAP destacou a importância de serem firmadas parcerias entre entidades irmãs. “Nos sentimos em casa, muito obrigado pela oportunidade que nos dão de conhecer um pouco mais desses trabalhos que são realizados pelas instituições que são afins e que, na verdade, de braços dados, buscam benefício para a advocacia”, disse Kroetz, que também é presidente da seccional da Cesa no Paraná.
Brigagão expressou sua felicidade por estar no Colégio de Presidentes na ocasião em que também foi inaugurada a sede de Cianorte. Ele apresentou as principais características da entidade. “O foco da integração versus interiorização é algo que buscamos fazer muito também. Costumo dizer que o Cesa funciona através de seus comitês sobre diversos temas da advocacia e de seus braços, que são as seccionais. Com esse conjunto de opiniões e soluções damos suporte às sociedades”, explicou o presidente do Centro de Estudos.
A entidade foi fundada há quatro décadas, em uma reunião de 12 pessoas para tratar de problemas de gestão das sociedades de advogados, relacionadas já naquela época a tópicos como questões tributárias e implantação de tecnologia. Os comitês se referem aos seguintes temas: Direito Tributário, Direito Penal, Judiciário, Direito Societário, Ensino, Gestão, Novas Tecnologias, Concorrência, Direito Internacional, Direito Ambiental, Direito Trabalhista, Diversidade e Jovem Advocacia.
Os principais pontos de atuação são: tratar das questões que são próprias das sociedades de advogados, do relacionamento delas com o poder público e o estudo das matérias que são referentes aos serviços prestados pelas sociedade de advogados. A sede nacional do Cesa fica em São Paulo.
Brigagão relatou que um terço da composição do Cesa é de composta por jovens advogados. “Temos investido muito no jovem e daí a necessidade de um comitê específico que tenha esse objetivo. É fundamental essa renovação”, afirmou.
Referência
O secretário-geral da OAB Paraná, Henrique Gaede, agradeceu a participação de Brigagão no Colégio de Presidentes e destacou seu papel como referência sobre o tema sociedades. “Quero prestar meu testemunho pelo excepcional trabalho que o Tarcísio tem realizado no Cesa do Paraná. Se a gente quer uma advocacia de excelência no Paraná, uma advocacia forte, temos que ter sociedades fortes”, disse. “As sociedades são responsáveis também pelo início de carreira de muitos advogados, pelo fortalecimento da advocacia em patamares superiores”, observou Gaede. Ele pontuou ainda que o Cesa serve de referência para muitas pautas que são discutidas na Comissão de Sociedades de Advogados da Ordem.
O vice-presidente da seccional, Fernando Deneka, também falou sobre a importância de que o aperfeiçoamento da advocacia seja feito em conjunto e que, quanto mais forças forem unidas, mais benefícios haverá para os profissionais.
Inclusão
O Cesa também investe em iniciativas sociais, como o programa Incluir Direito, voltado à inclusão da comunidade negra nos escritórios. A iniciativa ganhou o Prêmio Innovare no último ano. A ideia é expandir para outros grupos da sociedade que precisam desse tipo de apoio para ingressar na advocacia.
Outra medida do Cesa é o selo concedido para as sociedades que fazem a inclusão de mulheres. “Não adianta dizer que tem advogadas no escritório, é preciso ter sócias advogadas”, enfatizou Kroetz.