Em uma tarde de debates, advocacia de Maringá conhece o programa Valorização da Advocacia
Maringá foi a 20ª cidade a receber o programa Valorização da Advocacia, com uma tarde de apresentações e debates sobre ações da OAB Paraná, agronegócio, precificação de honorários e inteligência artificial na prática jurídica. O encontro, realizado no auditório da subseção, foi aberto pela presidente da OAB Paraná, Marilena Winter, e pelo presidente da OAB Maringá, Eder Fabrillo Rosa.
Estiveram presentes, compondo a mesa de abertura, o vice-presidente da seccional, Fernando Deneka, da diretora da Jovem Advocacia, Fernanda Valério, presidente em exercício da CAA-PR, Kelly Cristina de Souza, da conselheira federal Ana Cláudia Pirajá Bandeira, dos conselheiros estaduais Raquel Gonçalves, Fúlvio Stadler e Marcelo Tavares, e da coordenadora do projeto, Érica Kovalechen.
Viés de excelência
Além de abrir os trabalhos, a presidente Marilena Winter também fez uma exposição sobre as ações que são desenvolvidas pela OAB Paraná em diversas frentes, a começar pelo próprio projeto de Valorização da Advocacia. “Quando pensamos nesse projeto, procuramos olhar para todo o território do Paraná e refletir sobre a vocação econômica de cada região. Temos um comitê que tem feito essa análise, presidido pelo secretário-geral, Henrique Gaede, mas ninguém melhor do que a própria advocacia local para apontar essas vocações”, disse Marilena.
O projeto tem o objetivo de prospectar novos nichos de mercado para a advocacia e levar essas possibilidades para os profissionais de todas as regiões do estado. “A formação generalista oferecida pelos cursos de Direito acaba induzindo as pessoas sempre para as mesmas áreas, mas há espaço para inovar”, destacou.
Marilena Winter explicou que o trabalho que vem sendo desenvolvido pela seccional tem sempre esse viés de valorização da profissão. “Nos locais pelos quais passamos, tivemos experiências incríveis, descobrimos muitos talentos, advogados de subseções muito pequenas que compartilharam seus conhecimentos com a advocacia de todo o estado”, relatou.
Enfatizando que “a advocacia paranaense é una”, a presidente afirmou que o propósito da gestão é oferecer condições iguais à advocacia, independentemente da cidade em que estiver – condições iguais para trabalhar, ter acesso a cursos e eventos e ter oportunidade de confraternizar, razão pela qual tem investido em obras nas subseções. Além das obras, Marilena também citou projetos como o do 6º Ano para a advocacia iniciante, o ProEX, o OAB 360º, o OAB Consenso, o Observatório do Judiciário, o sistema de defesa das prerrogativas e de fiscalização do exercício profissional, o modelo de advocacia dativa, e os grandes eventos realizados, como a Conferência Estadual e a Conferência Nacional da Mulher Advogada.
“Todas essas ideias estão conectadas a partir de um conceito de gestão. Essa política de gestão de Ordem passa por oferecer condições para que cada advogado e advogada desenvolva o seu talento, busque a sua realização, e para que a advocacia paranaense seja reconhecida em todo o país como de excelência”, disse Marilena.
Potencial
O vice-presidente Fernando Deneka disse que o projeto Valorização também tem o simbolismo de levar a diretoria da seccional para as subseções para ouvir a advocacia. “Todos os painéis de debates têm um advogado indicado pela subseção para falar de um dos temas escolhidos pela advocacia local. E tivemos boas surpresas Paraná afora, com muitos colegas capacitados, com conhecimentos aprofundados, que puderam ser compartilhados com todo o estado, pois todas esses encontros estão sendo retransmitidos e ficam disponíveis no Youtube”, informou Deneka. “Digam àqueles que não puderam vir que eles também podem ter acesso a essas palestras”, reiterou.
A conselheira federal Ana Cláudia Pirajá Bandeira parabenizou a diretoria pelo projeto. “Nós saímos daqui com mais conhecimento. Essa união da advocacia é que faz a diferença para todos nós e para a sociedade”, afirmou.
A presidente em exercício da CAA-PR, Kelly Cristina de Souza, apresentou alguns dos projetos desenvolvidos pela Caixa de Assistência. Kelly Cristina comentou sobre o espetáculo de teatro produzido para a Conferência da Mulher Advogada, com artistas advogadas, que deverá ser apresentado em outras subseções. Também citou o benefício, criado pela CAA-PR, dado a advogadas vítimas de violência doméstica.
A coordenadora do Valorização da Advocacia, Érica Kovalechen, deu as boas-vindas aos participantes e o presidente da subseção, Eder Fabrillo Rosa, concluiu as apresentações da abertura explicando o motivo de escolher o tema da advocacia no agronegócio para um dos painéis.
“Agronegócio parecer ser um nicho restrito e inacessível, mas temos aqui uma demanda enorme. Não estamos falando apenas em grandes fazendeiros que contratam grandes bancas, mas também de pequenos agricultores que muitas vezes precisam de advogado não conseguem acesso aos escritórios. A ideia é fazer com que essas pessoas se enxerguem no ambiente de negócios”, esclareceu.
Palestras
O primeiro painel tratou da advocacia voltada ao agronegócio e foi apresentado pelo advogado Gabriel Placha (on-line), com a participação da advogada Sarah Lopes. Em seguida, Fernando Deneka falou sobre precificação de honorários como forma de valorização e encantamento de clientes, com comentários do advogado Jaime Pego Siqueira. O último tema foi inteligência artificial na prática jurídica, com Emídio Trancoso e Bruno Grego Santos.