Em posse no TJ, Glomb pede solução urgente para Fórum Cível de Curitiba

 

O presidente da OAB Paraná José Lucio Glomb reiterou nesta terça-feira (13), na cerimônia de posse do novo presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, Celso Rotoli de Macedo, o pedido para que o TJ providencie um novo espaço para abrigar o Fórum Cível da capital. Glomb afirmou em seu discurso que a situação é tão grave que não há como esperar a construção do complexo judiciário, cujas obras sequer foram licitadas. “Há necessidade urgente de um novo espaço, que permita não só abrigar as atuais varas cíveis, como também proporcionar  a instalação das novas varas, tão necessárias à efetivação da Justiça”, disse.
Glomb também falou sobre a situação crítica dos fóruns do interior. “Há um descompasso entre o primeiro e o segundo grau, pois se este foi aprimorado e recuperou o seu vigor, a primeira instância sofre muito. Faltam servidores, faltam juízes. Muitas vezes as comarcas trabalham com deficiência, principalmente nas instalações”, afirmou.
A necessidade de informatização e a total adequação da estrutura judiciárias às exigências impostas pela nova realidade também foram citadas pelo presidente da Seccional. “Esse turbilhão tecnológico, aliado ao maior esclarecimento dos cidadãos em relação aos seus direitos, impõe extraordinária carga de trabalho aos administradores da Justiça. A estrutura judiciária, por sua vez, segue sendo a mesma, dependente do Poder Executivo no que tange a verbas necessárias à modernização de pessoal, equipamentos e espaços físicos”.
Glomb destacou que o combate à morosidade da justiça é medida essencial para evitar o descrédito na instituição e defendeu que os grandes temas, como o da corrupção, tenham julgamento especializado e prioritário. O presidente pediu ainda respeito às prerrogativas dos advogados. “Eles devem ter o seu trabalho valorizado. Os advogados não suportam mais os honorários aviltantes.” Para um auditório lotado, Glomb lembrou que esses são pedidos antigos da advocacia. Citando José Saramago disse que o sentimento da comunidade jurídica é de esperança, mas também de “impaciência”.
O presidente da OAB citou ainda os recentes relatórios do Conselho Nacional de Justiça, apontando os problemas do Judiciário paranaense e disse acreditar que as providências para sanar essas dificuldades serão tomadas. Destacou algumas ações da gestão do desembargador Carlos Augusto Hoffmann, que deixou o cargo, como a criação de duas novas varas de Família, a instalação do Juizado Especial da Fazenda Pública, a nomeação de mais servidores e algumas medidas para aliviar a pressão no Fórum Cível de Curitiba.
O desembargador Celso Rotoli de Macedo, eleito no último dia 30 de março, assume a presidência do TJ no lugar de Carlos Augusto Hoffmann, que se aposenta. Na mesma sessão solene, realizada no auditório do 12º andar do prédio anexo do Palácio da Justiça, o desembargador Sérgio Arenhart foi empossado no cargo de 2º vice-presidente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *