A OAB Paraná promoveu nesta segunda-feira (15) um debate sobre a mulher e o Direito do Trabalho, com as participações da secretária-geral adjunta da seccional, Christhyanne Bortolotto, e das conselheiras estaduais Maíra Fonseca e Kelly Cristina de Souza. Parte da programação do mês da mulher na OAB Paraná, o diálogo foi transmitido ao vivo pelo perfil da seccional no Instagram (@oab_pr). A transmissão atingiu mais de mil pessoas.
Após uma breve retrospectiva histórica sobre o trabalho, passando pela origem da palavra – Tripalium, do Latim, um instrumento de tortura formado por três estacas cravadas no chão – até o reconhecimento da mulher no mercado de trabalho a partir da primeira guerra mundial, Christhyanne Bortolotto propôs uma reflexão sobre o lugar da mulher neste âmbito. “A título de exemplo, no serviço público as mulheres representam 59% do efetivo, entretanto ganham 24% a menos que homens”, disse a secretária-geral adjunta. Ela frisou que embora não falte competência às mulheres, elas ainda não têm representatividade.
Kelly Cristina de Souza abordou os impactos do trabalho remoto, introduzido de forma emergencial durante a pandemia, na vida das mulheres. A advogada frisou que diferente do teletrabalho, modalidade trazida pela reforma da CLT, o controle da jornada do trabalho remoto é feito de forma remota e parece ter vindo para ficar. Diante do novo normal, as mulheres têm se visto sobrecarregadas e foram afetadas em diversos âmbitos.
A conselheira Maíra Fonseca iniciou a exposição abordando a resiliência afeta ao feminino, destacando a luta por igualdade. A advogada trouxe dados do Fórum Econômico Mundial, que apontam que a desigualdade de gênero estaria diminuindo. Segundo o estudo, a expectativa era de que seriam necessários 108 anos para atingir a igualdade de gênero no ano de 2018, estimativa reduzida para 99 anos em 2020. Este mesmo estudo apontou, entretanto, que a perspectiva para atingir igualdade em matéria econômica saltou de 202 anos, em 2018, para 257 anos em 2020.