A Comissão de Acessibilidade da OAB Paraná promoveu nesta quarta-feira (3) um debate sobre o direito à saúde e à educação inclusiva para pessoas com deficiência. Foram apresentados casos de famílias com pessoas deficientes e aberto o debate em torno das dificuldades vividas. Os casos foram abordados por representantes das secretarias municipal e estadual da Saúde e municipal da Educação, da Promotoria de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e da Federação Estadual das Instituições de Reabilitação do Estado do Paraná. Pessoas com deficiência, familiares e representantes de instituições de apoio que estavam na plateia também tiveram oportunidade de se manifestar.
A presidente da Comissão de Acessibilidade, Berenice Lessa, avaliou como “excelente” o resultado do debate, que reforçou a posição majoritária de que uma política pública inclusiva, na área da educação, deve prever a coexistência do ensino regular e do ensino especial, ficando a escola especial responsável por atender no contraturno. “O problema é que, nas escolas regulares, não existem pessoas qualificadas para prestar atendimento individualizado e compreender síndromes tão diversificadas. A luta é preparar os estabelecimentos de ensino”, afirmou Berenice. “Uma das nossas propostas é fazer com que os concursos públicos tenham um processo de seleção de pessoal que leve em conta o conhecimento e a vivência para atuar nessas áreas. O caminho é longo”, disse.
Ao final do encontro, houve uma homenagem às mães de pessoas com deficiência. A advogada Adriana Bezerra, membro da Comissão de Acessibilidade, leu um texto de sua autoria. Com dificuldades de linguagem e locomoção, Adriana sensibilizou o público com o seu depoimento. A apresentação de um coral em libras, formado por advogados e colaboradores da OAB Paraná, encerrou o evento.