Comissão de Direitos Humanos atuou no caso dos sem-terra em Quedas do Iguaçu

Os advogados Alexandre Salomão, Nilton Ribeiro, Mário Lúcio Monteiro Filho e Hélio Iderya Júnior acompanharam no último fim de semana os desdobramentos do confronto entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e policiais militares em Quedas do Iguaçu. O confronto na última quinta-feira terminou com a morte de dois integrantes do movimento, além de deixar seis pessoas feridas.

Os advogados foram designados pelo presidente da OAB Paraná, José Augusto Araújo de Noronha, para verificar a situação no local e intermediar as negociações a fim de evitar mais conflitos. “Havia um clima de grande animosidade”, conta o conselheiro estadual Alexandre Salomão, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB Paraná. 

Salomão relata que os representantes Ordem foram bem recebidos tanto pelas autoridades do município, como pelas lideranças do MST, o que facilitou o início de uma interlocução entre as partes. Depois de conversar com as lideranças dos sem-terra, os advogados viabilizaram a realização da perícia pela Polícia Civil no local do confronto, numa área dominada pelo movimento. “Sem a presença da OAB, a perícia não teria sido feita até agora”, diz o presidente da comissão.

A Comissão de Direitos Humanos da Seccional participou de duas reuniões para tentar apaziguar os ânimos, na sede da Prefeitura e na Câmara dos Vereadores. Também esteve no acampamento dos sem-terra e, no sábado, acompanhou o ato público realizado pelo MST na praça central da cidade. De acordo com Alexandre Salomão,  a OAB nomeará um advogado para acompanhar  as investigações.  

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