Em reunião realizada na manhã desta segunda-feira (29/3), a CMA definiu seu novo nome: passa a se chamar Comissão das Mulheres Advogadas. No plural. “A iniciativa da vice-presidente Marilena traduz o trabalho da comissão para identificar e trabalhar em conjunto, contemplando a pluralidade de ser mulher. Aliás, somos diversas, somos mulheres com necessidades distintas e precisamos atender a todas as demandas. A comissão passa a ter seu nome no plural porque assim fica marcado o fato de que estamos unidas, mas sempre respeitando a diversidade”, destaca Mariana Lopes Bonfim, presidente da CMA.
Para Marilena Winter, o emprego do termo “mulher”, no singular, universaliza e abstrai tudo o que cerca a história e a complexidade de experiências vividas pelas mulheres na sociedade: raça, a etnia, classe social, deficiência, orientação sexual etc. “Somos um país multirracial multicultural, e de grande diversidade social é importante que a nossa Comissão das Mulheres Advogadas reflita na sua denominação o reconhecimento do trabalho a ser feito sobre os diversos sistemas de discriminação pelos quais as mulheres passam. As mulheres ainda estão envolvidas em muitas lutas concomitantes. Essa denominação está mais conforme às principais normas internacionais dos direitos humanos das mulheres, a convenção para eliminar todas as formas de discriminação contra mulher – CEDAW – e a plataforma de ação de Pequim, pactos dos quais o Brasil é signatário”, observa.
“A mudança na denominação dá a dimensão exata da comissão, que congrega todas as mulheres advogadas, sem qualquer discriminação, elevando a abrangência da comissão”, opina o presidente da OAB Paraná, Cássio Telles.
A advogada Adriana Denise Bezerra, que luta pela inclusão na advocacia e na sociedade, também louva a novidade. “Quem trabalha há tantos anos pedindo e brigando para ser incluída na diversas esferas da sociedade, sabe o tamanho da conquista que é mudar o nome da nossa comissão para Comissão das Mulheres Advogadas, pois isos ressalta e reafirma a igualdade pela qual lutamos. Ou seja, valoriza a inclusão de todas as advogadas com suas particularidades como pessoa, profissional, e cidadã. A alteração é observada, mas a mudança é vivida e sentida! No plural, destacamos nossas múltiplas vozes, ficando ressaltada a importância da participação de cada uma de nós. Parabéns à diretoria da OAB Paraná e a à diretoria da Comissão das Mulheres Advogadas”, declara.
Além das presenças de Marilena Winter e Mariana Lopes, a reunião on-line da CMA contou com as presenças de presidentes de comissões das subseções, das conselheiras seccionais Ana Paula Pavelksi, Rafaela Küster e Sania Stefani, das presidente subseccionais Daniela Laibida (Lapa) e Maria Cecília Saldanha (Guarapuava) e ainda da advogada Edni Arruda, detentora da medalha Vieira Netto, a mais alta honraria da advocacia paranaense.