Começou na manhã desta quarta-feira (29/6) em Guarapuava o júri popular dos acusados da morte do advogado Algacir Teixeira de Lima.
Os reús Elvi Aparecida Haag Ferreira e Nilton Ferreira têm como advogados de defesa Delomar Soares Godói e Jeovane Correa da Silva.
Lima foi assassinado em Chopinzinho, em março de 2015. O ex-prefeito da cidade, Leomar Bolzani, também irá a julgamento, porém em outra data, sob acusação de ser o mandante do crime. O processo contra Bolzani corria no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), mas retornou à primeira instância depois de ele renunciar ao cargo de prefeito.
Desde o assassinato do advogado, a OAB acompanhou as investigações e atua como assistente de acusação, tendo em vista que o crime se deu em razão do exercício da profissão e se trata de uma ofensa à liberdade da advocacia.
A OAB-PR cobrou — desde o início do caso — uma apuração rigorosa dos fatos, resguardados os direitos dos acusados à ampla defesa e ao contraditório aos acusados. Foram designadas para atuar como assistentes em nome da OAB as advogadas Viviane Brisola e Caroline Spader. Ezequiel Fernandes é o assistente de acusação da família da vítima.
O fato mereceu repercussão nacional, inclusive no Conselho Federal da OAB, por se tratar de gravíssimo caso de violação das prerrogativas. Procurador do município de Chopinzinho, Algacir Teixeira de Lima foi assassinado na garagem de sua casa (relembre o caso). Conforme consta nos autos, o prefeito desconfiava que ele era o autor de denúncias anônimas, apresentadas ao Ministério Público do Paraná, sobre irregularidades na administração.
O presidente da OAB Paraná, José Augusto Araújo de Noronha, a conselheira federal Edni Andrade Arruda, o conselheiro federal Cássio Telles e os presidentes das subseções de Pato Branco, Eduardo Munaretto, e de Palmas, Eduardo Tobera Filho, foram até Guarapuava especialmente para acompanhar o julgamento.