O Colégio de Presidentes das Comissões de Advogados Iniciantes (CAIs) de subseções de todo o Paraná foi aberto esta manhã na OAB Paraná. Comandado pela advogada Giugliana Carta, presidente da CAI da OAB Paraná, o evento tratou de temas de interesse da jovem advocacia, como o trabalho do advogado correspondente, honorários, auxílio para a qualificação dos jovens profissionais, advocacia dativa e a preocupação com novos cursos de Direito.
Uma das questões envolveu a dinâmica da execução, o método de abordagem e os desafios do Projeto OAB Vai à Escola. A pauta foi proposta pela Comissão de Advogados em Início de Carreira da OAB Paranavaí. Para Fernanda Maria Poltronieri, presidente da comissão, a troca de experiências foi o ponto alto do evento. “Gostamos muito das ideias, dos projetos e, mais do que isso, de poder ter efetivamente esta interação com outros presidentes”, disse.
O advogado Thiago José Guidetti de Souza, vice-presidente da comissão da OAB Paranavaí, também saiu animado do evento. “O que me deixou muito contente na reunião hoje foi a presença de comissões de várias subseções, porque para nós, que estamos começando a conhecer a OAB, a participar destes eventos, é uma alegria ver o trabalho de outros colegas e vê-las funcionando bem”, opinou.
Advocacia Dativa
Também estiveram em debate os desafios da advocacia dativa. O presidente da CAI da OAB Jacarezinho, Felipe Ryuji Coimbra Miyamoto, falou sobre a necessidade da transparência na forma como os advogados dativos são nomeados. Miyamoto relatou que na comarca alguns magistrados não têm respeitado a lista de dativos.
Todas as denúncias de nomeação privilegiadas, quando denunciadas à OAB Paraná, tem sido prontamente atendidas, segundo a presidente da Comissão da Advocacia Dativa, Sabrina Becue. Ela frisou que a lista está prevista em Lei Estadual e que é de cumprimento obrigatória. A advogada lembrou, inclusive, que a Corregedoria-Geral (veja aqui o ofício) e a Presidência do TJ-PR (veja aqui o Despacho) emitiram orientação aos magistrados de que a lista é obrigatória.
Sabrina Becue informou ainda que a OAB está desenvolvendo um sistema eletrônico para nomeação dos advogados para as audiências de plantão, cabendo à subseção organizar os plantões.
A presidente da CAI da OAB Ponta Grossa, Meryellen Teleginski, relatou que o plantão tem funcionado na cidade. Segundo a advogada, os plantonistas esperam na sala da OAB e a comissão passa semanalmente nos fóruns para verificar se a lista tem sido cumprida.
Desafios
Os desafios éticos e questões da publicidade na advocacia também foram temas das discussões. O advogado Giovani Cássio Piovesan, do Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da seccional, lembrou que a OAB lançará cartilha com orientações sobre os limites do uso de ferramentas de marketing por escritórios de advocacia.
Ainda estiveram em discussão a realidade do advogado iniciante em sua comarca e o aviltamento de honorários, principalmente no que tange aos advogados correspondentes, tema proposto pelo presidente da CAI Irati, Arthuro Antoniassi, e a necessidade do resgate da valorização da advocacia, assunto trazido pela presidente da CAI Campo Largo, Simone Cabral Castagnoli.
Encontro Regional Sul
O Colégio de Presidentes das CAIs antecede o II Encontro Regional Sul da Jovem Advocacia, que será aberto logo mais, à noite, com uma conferência de Lênio Streck sobre “Advocacia de Excelência e os desafios da atualidade”.
A iniciativa deste ano dá continuidade à proposta apresentada pela OAB Jovem de Santa Catarina com o I Encontro Regional Sul da Jovem Advocacia, realizado em Balneário Camboriú, em 2017. Assim, se mantém o caráter itinerante do evento.
Na sexta-feira (8/6), a partir das 10h, os painéis do encontro vão tratar de novas tecnologias; revisão e renegociação de contratos; valor da diversidade e da inclusão no mercado jurídico brasileiro; carreiras jurídicas; advocacia dativa, desafios do advogado iniciante e empreendedorismo jurídico. A programação do encontro, que segue até sábado, pode ser conferida aqui.
“Para nós da CAIPR, é uma honra receber colegas de outros estados em nossa seccional e capital e oferecer a todos instrumentos para viabilizar sua inserção e consolidação em um mercado de trabalho extremamente competitivo”, afirma Giugliana.
