O encerramento da II Conferência Estadual das Mulheres Advogadas no último sábado (26) foi marcado pela divulgação da Carta de Curitiba. A vice-presidente da OAB Paraná, Marilena Winter, finalizou os trabalhos em nome do presidente Cássio Telles e da diretoria da seccional.
A paraninfa da Conferência, Lucia Beloni, esteve presente e agradeceu pela homenagem. “Foi uma felicidade que não consigo descrever por ter sido escolhida paraninfa dessa conferência. Deixo uma palavra de esperança da união das mulheres de nosso estado, da união das advogadas das 27 seccionais do nosso país. Essa união vai mudar as coisas, a partir da carta vamos ter o caminho para juntar todas as vozes que trazem esperança de que nossas vozes sejam ouvidas e tragam vozes de outras mulheres”, disse a advogada.
Na oportunidade, Lucia também fez o anúncio de uma iniciativa que pretende implementar como corregedora-geral do Departamento Penitenciário (DEPEN) do Paraná. “Que possamos dar voz às encarceradas, que efetivamente não têm voz. Estou trabalhando em um projeto para que nenhuma mulher encarcerada fique sem advogada até o fim do ano. Que possamos mudar a cultura da desigualdade e dar oportunidade àquelas que não tiveram. Conclamo vocês que lutem comigo ”, finalizou a criadora do OAB Cidadania.
A presidente da Comissão das Mulheres Advogadas, Mariana Lopes, fez seu pronunciamento final citando a poetisa Cora Coralina: “Seguimos ‘quebrando pedras e plantando flores’, disse. “Muito obrigada! O feminismo é a causa das nossas vidas”, concluiu Mariana.
A Carta de Curitiba ressalta que “A Constituição Federal não sugere a igualdade entre homens e mulheres, determina”. O documento também elencou entre as ações “reconhecer a diversidade e a interseccionalidade, estimulando a igualdade de condições para todas as mulheres, levando em consideração suas diferenças”. Outro tópico é “entender o feminismo como instrumento contra a desigualdade”.
“Conclamamos as advogadas e os advogados e todo o conjunto diretivo do Sistema OAB, para que juntas e juntos possamos fortalecer, com equidade, a advocacia feminina, construindo uma sociedade justa e igualitária, em respeito à diversidade e aos princípios constitucionais do estado democrático de direito”, diz a carta na conclusão.
Confira a íntegra da Carta de Curitiba