Após críticas de diversas entidades, inclusive da OAB Paraná, a Polícia Militar do Paraná (PM-PR) informou, no início da noite desta segunda-feira (13/8), que substituirá o termo “masculinidade”, que consta do Anexo II do edital para o concurso público para cadetes, pelo termo “enfrentamento”.
“A Polícia Militar do Paraná esclarece que está promovendo o ajuste no termo que gerou a polêmica, para ‘enfrentamento’, sem prejuízo para o teste psicológico necessária à definição do perfil profissiográfico exigido para o militar estadual”, afirma a nota, que menciona ainda que em nenhum momento Polícia Militar tem adotado posturas sexistas, discriminatórias e machistas e que “depois de 164 anos, a instituição tem uma mulher no comando, a coronel Audilene Rocha”.
O item masculinidade é descrito como “capacidade de o indivíduo em não se impressionar com cenas violentas, suportar vulgaridades, não emocionar-se facilmente, tampouco demonstrar interesse em histórias românticas e de amor”.
A PM também informou que o autor do modelo de avaliação, Dr. Flávio Rodrigues Costa, descarta qualquer intenção discriminatória e esclarece que o teste foi validado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP).
Cronologia
O edital foi divulgado na quinta-feira (9/8). Na tarde desta segunda-feira, a OAB Paraná divulgou nota tecendo críticas ao tom discriminatório do critério de “masculinidade” e pediu a correção do texto.
“Conhecendo a seriedade da corporação tínhamos certeza de que esse equívoco seria desfeito. Parabenizamos a PM pela rápida resposta. A admissão de falhas e a busca de correção revela sempre um grande caráter. Isso vale para pessoas e para instituições”, afirma o presidente da OAB Paraná, José Augusto Araújo de Noronha.