O advogado é o elo efetivo entre os direitos elementares de cidadania e a Justiça; o advogado só se subordina à sua própria consciência e à lei, este é um princípio clássico a ser seguido. Estes foram alguns ensinamentos expostos na quinta-feira (19) pelo presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, ao proferir aula magna na Faculdade de Direito da Universidade Presbeteriana Mackenzie, em São Paulo. "A conduta individual do advogado se reflete na imagem coletiva: o que um advogado vier a representar, como conceito e identidade, acaba se espalhando no espectro social. Daí decorre o elo de solidariedade ética que deve nos unir no corpo advocatício", acrescentou.
O presidente nacional da OAB abordou em sua explanação o tema "Advocacia, Justiça e Ética: um Brasil possível". Ele se dirigiu à platéia de estudantes, professores e acadêmicos destacando também a importância de um Judiciário com força e transparência. "O Brasil precisa de um Judiciário independente e forte também para atender as demandas sociais", afirmou. "A nossa democracia, infelizmente, é carente de conteúdo social, pois não atende plenamente as necessidades essenciais do povo, que, afinal de contas, é o agente, o meio e o fim do desenvolvimento". "São estas constatações, queridos estudantes, que nos levam a imaginar o Brasil possível; porque justiça atrasada não é Justiça, senão justiça desqualificada e malfeita", sustentou Ophir durante a aula." O Brasil do possível é o Brasil de uma Justiça para todos, e especialmente para os mais pobres, os desamparados, os necessitados. O Brasil possível, menos desigual e mais fraterno, promove o bem-estar e a tranqüilidade aos seus cidadãos".
Fonte: Conselho Federal