Advocacia recorda o legado de Virmond

“Eduardo Virmond é um símbolo para a advocacia paranaense e brasileira. Guardião das liberdades, foi um dos grandes a defender o Estado de Direito e a Democracia nos anos sombrios da história do país. Ajudou a restaurar o habeas corpus e a liderar, ao lado de outros grandes nomes, como Raymundo Faoro, a retomada do processo democrático no país. Além de ser um homem de inigualável cultura, conhecedor da história, das artes, amante da música. Viveu uma vida plena, como humanista, deixando um legado imenso ao Paraná e à advocacia.”

Marilena Winter, presidente da OAB Paraná


“Eduardo Virmond parte deixando a marca do idealismo incondicional da democracia e da liberdade. Sua trajetória na OAB, em período de restrição das liberdades, gravou a memória da coragem, resistência e luta pelo Estado Democrático de Direito. Um Advogado e líder que servirá de paradigma para todos nós. Está com Deus, mercê do bem que sempre praticou entre nós. Nossas condolências à família.”

Cássio Telles, presidente da OAB Paraná na gestão 2019-2021


“Muito poderia falar sobre o amigo e ex-presidente da OAB-PR Eduardo Virmond. Tinha a rara qualidade de ser um advogado completo, um homem culto, corajoso e de raríssima inteligência. Muito me honrou ter convivido com ele em momentos tão especiais e dele ter recebido sempre conselhos preciosos, não só para a gestão, mas para a vida na advocacia. Virmond se dedicou a advocacia e era apaixonado pela Cultura. Como Secretário de Estado da Cultura, escolheu a Prof. Maria Cecília Noronha, minha mãe, para dirigir o Museu de Arte Contemporânea do Paraná. Privilégio meu o convívio com o Virmond advogado, o Virmond ex-presidente e o Virmond intelectual e gestor da Cultura. Descanse em paz, querido Virmond.
Seu legado não será esquecido.”

José Augusto Araújo de Noronha, conselheiro federal e presidente da OAB Paraná na gestão 2016-2018

“Virmond foi dos nossos mais importantes Presidentes da OAB, conduzindo a entidade com firmeza e destemor em seu momento histórico mais decisivo. Seus contundentes discursos estão gravados na trajetória de nossa instituição. Será permanentemente lembrado como grande advogado e homem público de destacada inteligência, profundamente culto. Conviver e conversar com ele nas últimas duas décadas e contar com sua sempre marcante presença no Conselho da OAB/PR foi motivo de imensa honra e satisfação.”

Juliano José Breda, presidente da OAB Paraná na gestão 2013-2015


“Eduardo Virmond foi um grande homem. Inteligente, culto, corajoso, teve importância fundamental na defesa da democracia. Sua atuação como Presidente da OAB Paraná foi determinante para a revogação do AI-5. Ele gostava de dizer que era advogado na luta pelo Direito e pela Justiça. E era um advogado completo, cumprindo todos os mandamentos de uma advocacia digna. Virmond nos deixa neste plano, mas viverá para sempre na nossa lembrança. Seu legado continuará vivo entre nós.”

José Lucio Glomb, presidente da OAB Paraná na gestão 2010-2012

“Eduardo Virmond teve uma vida ativa e profícua, marcou sua presença entre nós. Os anais da Conferência 1978 registram os memoráveis discursos de Eduardo Virmond e Raimundo Faoro. Ambos atacam com firmeza a ditadura militar e defendem com veemência o Estado Democrático de Direito. Foi condecorado com a Medalha Vieira Neto à época que estive na Presidência da Seccional e é merecedor de todas as nossas homenagens.”

Alberto de Paula Machado, presidente da OAB Paraná na gestão 2007-2009


“Dr. Virmond nos deixa, mas ficará para sempre. Seu legado de um homem e advogado completo, preparado e corajoso sempre será referência para todos.”

Fernando Deneka, vice-presidente da OAB Paraná

“Em 13 de janeiro de 1929 nasceu um menino bagunceiro, bom em matemática, mas “corrompido” pela Faculdade de Direito. Crítico de música e arte, jornalista e um admirável advogado. Dr. Eduardo da Rocha Virmond sempre foi uma inspiração para a Advocacia. Homem de múltiplos predicados, merecendo ter enaltecido o seu ideal pela democracia e pela liberdade. Em seu discurso de abertura na XXI Conferência Nacional dos Advogados bem destacou a importância que a liberdade tinha em sua vida: ´Somos brasileiros, brasileiro não desiste. Precisamos continuar a nossa lida em favor da liberdade, de nossa liberdade e da liberdade de todos.´ Ele se tornou exemplo, fez história e nos deixa um enorme legado. Descanse em paz, Dr. Virmond.”

Roberta Santiago, secretária-geral adjunta da OAB Paraná


“A nossa Conferência de 2023 foi inspirada na Conferência de 78, comandada por Virmond. Consola-me saber que o nosso ex-presidente acompanhou vivo a justa homenagem que recebeu dos advogados paranaenses.”

Luiz Fernando Pereira, diretor-tesoureiro da OAB Paraná


“Perder o Dr. Eduardo Virmond é perder um ser humano especial e um ícone da advocacia. Dr. Virmond parte, mas só em partes. Deixa conosco – hoje e sempre – uma herança de ética e de combatividade.”

Marion Bach, diretora de prerrogativas da OAB Paraná


“Todos os dias um jovem advogado acorda, levanta e segue para escrever seu legado. Dentre as suas muitas fontes de inspiração devem estar grandes advogados que, tais como Dr. Eduardo Virmond, que fizeram história e defenderam causas para além dos interesses dos seus clientes. Defenderam a advocacia. Defenderam o estado de Direito. Algum dia, estes grandes advogados se deitam e não mais se levantam neste plano, mas as causas que defenderam sempre permanecerão em pé e vivas em nossas memórias e atitudes.”

Fernanda Valério, diretora da Jovem Advocacia da OAB Paraná

“Hoje a advocacia amanheceu menor. Eduardo Rocha Virmond, além de brilhante advogado, foi defensor intransigente da Democracia, tendo liderado a advocacia do Estado do Paraná ao longo da década de 1970, como Presidente do IAP, de 1972 a 1977, e depois Presidente da OAB Paraná, de 1977 a 1979. Seu legado segue vivo como exemplo para as gerações futuras.”

Guilherme Brenner Lucchesi, presidente do Instituto dos Advogados do Paraná (IAP)

“Além de organizar histórica VII Conferência Nacional dos Advogados, em que se defendeu a volta do Habeas Corpus, Eduardo Rocha Virmond defendeu a liberdade ao longo de toda a sua carreira. Também trabalhou pelas artes e disseminou cultura por onde passou – além da seccional da OAB presidiu também o Instituto dos Advogados do Paraná e a Academia Paranaense de Letras. Foi secretário de estado tanto de Cultura quanto de Justiça, o que dá a medida da relevância se sua atuação nas duas áreas. Virmond nos deixa lições de apreço pela cultura e pela liberdade – o que faz dele eterno.”

Adriana D´Avila Oliveira, presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB Paraná e vice-presidente do IAP

“Tive a oportunidade de ser estagiário do Dr. Eduardo, uma figura mítica para um jovem estudante de Direito. Depois, nos tornamos amigos e, para minha imensa honra, fui seu advogado em um processo. As reuniões eram pretexto para ouvir as melhores e bem-humoradas histórias sobre arte e receber dicas de literatura. Sua obra predileta era a Cartuxa de Parma, de Stendhal. Ele partiu para reencontrar sua amada D. Lélia que, após décadas de casamento, ele dizia admirar mais a cada dia. A mim, fica a doce lembrança e a gratidão pelo convívio engrandecedor. Para a advocacia, fica o legado e a convocação para continuarmos lutando, com coragem e inteligência, pela dignidade da profissão e pelas liberdades fundamentais”.

Francisco Zardo, conselheiro da OAB Paraná

“Dr. Eduardo Virmond foi um homem inigualável. Seu legado à advocacia e à Ordem é indiscutível. Todos sabem da importância da Conferência Nacional de 1978, quando seu discurso corajoso e direto fez vibrar uma plateia que contava com a personalidades como Pontes de Miranda e Seabra Fagundes, a quem começou o discurso homenageando. A Conferência, liderada por ele e Raymundo Faoro, teve como resultado imediato a queda do AI5 e o início a volta à Democracia. Sua história de coragem e força intelectual foi mais do que um legado à advocacia, foi um legado ao povo brasileiro. Dr. Virmond sempre disse o que deveria ser dito. Seus escritos, fossem artigos, petições, bilhetes, sempre foram carregados de clareza e objetividade contundentes. Coisa de gente sábia, com rara inteligência e bagagem intelectual. Um homem grande de caráter e verdadeira paixão pelo direito e pela liberdade. Foi Secretário da Justiça e soube como poucos tratar de situações tão delicadas quanto caras, como o trato com as questões do DEPEN e do Conselho de Crianças e Adolescentes. Um intelectual como poucos, fazia da leitura um exercício diário. Até o fim. Escrevia sobre tudo. Direito, política e arte. Não me lembro da sua sala sem música, jazz, blues e todas as clássicas. Amava a arte, exímio conhecedor das artes plásticas, foi também crítico de arte, Secretário de Cultura do Paraná, Presidente da Academia Paranaense de Letras, e outros tantos títulos. Ainda assim, nunca o vi sendo minimamente esnobe ou desatencioso com quem quer que fosse. Entre tantas qualidades profissionais, intelectuais e artísticas, ainda foi um absurdo fotógrafo. Com sua Hasselblad e grande angular registrou imagens que nunca saíram da minha cabeça, como uma foto de sua tia Clio, na sala do escritório, que é uma das fotos mais bonitas que já vi. Ao lado de D. Lélia, que o acompanhava no bom gosto, no humor e na intelectualidade, soube viver o melhor da vida. Muitas são as histórias das viagens pela Europa, nunca com exageros, mas com muita bagagem de vida. Uma vida que se renovava sempre, a cada viagem, a cada novo texto, novo livro, nova tecnologia. Foi um homem moderno, diferente da maioria de seu tempo. Tratava as mulheres com absoluta igualdade profissional e intelectual, sem nunca, jamais, demonstrar qualquer forma de preconceito. Um homem que soube viver como ninguém. A advocacia só ganhou com sua liderança e seus sempre precisos conselhos. Dr. Virmond soube dividir todo o conhecimento e sabedoria que sempre buscou. Sempre aprendendo e sempre ensinando. Foi um privilégio e uma honra ter sido uma “filha adotiva”. Só tenho a agradecer. Para que esse legado nunca se acabe, nas palavras dele, temos que estar sempre alertas e ter coragem. Força e coragem.”

Débora Ling, ex-conselheira da OAB Paraná