A crise ética foi tema de debate com deputados na OAB Paraná

Os deputados federais Gustavo Fruet (PSDB-PR) e Osmar Serraglio (PMDB-PR) participaram na última sexta-feira (22) do debate “A crise ética e o papel dos advogados”, promovido pela Comissão dos Advogados Iniciantes da OAB Paraná. O debate foi aberto pelo presidente da OAB Paraná, Alberto de Paula Machado, que destacou o compromisso dos advogados em propor sugestões para o aprimoramento da legislação que regula a atividade parlamentar.

“Sabemos da importância da atividade dos deputados e senadores, mas a sociedade de maneira geral clama por punições a parlamentares que estejam envolvidos em atividades ilícitas, colocando seus mandatos em favor de outros interesses que não os da sociedade”, disse Alberto de Paula Machado. Precisamos sair da mera constatação e entrar num raio de ação em que a própria sociedade deve fazer suas proposições. “Os advogados têm esse compromisso por serem profissionais que trabalham com a lei”,  afirmou.

O deputado Gustavo Fruet  trouxe para o debate dados colhidos numa pesquisa encomendada pelo seu partido, o PSDB, e divulgada na última semana. A pesquisa confirma o alto grau de desconfiança da população nos poderes Legislativo e Judiciário, chegando a 98% quando se refere aos membros da Câmara e do Senado Federal. Segundo Fruet, apenas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mantém acima da crise. “O presidente Lula está blindado das denúncias. As últimas operações da Polícia Federal envolvem o Executivo, porém a população associa essas denúncias com o Legislativo, preservando o presidente”, explicou.

Para o deputado Osmar Serraglio, é a convicção da impunidade que gera corrupção.  “Faz 40 anos que o Supremo Tribunal Federal  não condena um político”, lembrou o deputado.

O presidente da Comissão dos Advogados Iniciantes, Silvio Felipe Guidi, apresentou, ao final do debate, a proposta de elaboração de um código de ética para os parlamentares, com regras e punições bem definidas, a exemplo do código de ética dos advogados. “Estamos levantando essa bandeira para que se estabeleçam parâmetros legais sobre o que é falta de ética  e falta de decoro”, disse.

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