Membro da Comissão Nacional da Mulher Advogada, a paranaense Daniela Ballão Erlund tratou sobre a liderança feminina em sua apresentação realizada na tarde desta sexta-feira (6/3) na III Conferência Nacional da Mulher Advogada.
Em sua exposição, a advogada trouxe dados sobre o número de mulheres que hoje ingressam no mundo jurídico. “Hoje a faculdade de Direito é o segundo curso mais procurado pelas mulheres, perdendo apenas para Pedagogia. Já somos maioria nas faculdades e logo seremos também maioria na advocacia”, disse.
“A advocacia tornou-se feminina, porém o modelo de carreira é ainda masculina, sendo esta a maior dificuldade das colegas advogadas em prosperar. Atualmente, o percentual de mulheres advogadas na qualidade de sócias ou de diretoras jurídicas, nos escritórios de advocacia e nos departamentos jurídicos é muito pequeno”, argumentou.
“As advogadas, como em outras profissões, esbarram em barreiras reconhecidas como invisíveis que as fazem estagnar ou desistir da advocacia. Esta chamada ‘síndrome do teto de vidro’ é reconhecida em países como os EUA como barreira de ‘pleno uso do capital humano existente’ “, sustentou. Para Daniela é fundamental reconhecer a existência destas barreiras e buscar soluções para derrubá-las é o maior desafio para que seja possível liderar e genuinamente atingir a equidade tão almejado na profissão.
Encontros
“Estou bastante feliz com o resultado dessa conferência, pois participo desde sua primeira edição, época em que eu exercia o cargo de presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB Paraná. Sem dúvida alguma, trata-se da maior conferência, com um número recorde de inscritos e de palestras com temas relevantes para a mulher advogada”, disse.
Na avaliação de Daniella, trata-se de uma grande oportunidade de engajamento para todas as advogadas do Brasil, com a discussão de temas de extrema importância. “Há preocupação de todas em fazer desta conferência um marco histórico para que as próximas gerações possam encontrar uma advocacia mais inclusiva, com a participação efetiva das mulheres advogadas, atendendo seus anseios e procurando minimizar – ou até mesmo acabar – com as barreiras que encontramos ao longo do exercício de nossa função”, disse.
Ela também sublinhou a grandiosidade da delegação paranaense. “A delegação chamada carinhosamente de Edni Arruda conta com 80 advogadas de todo o estado neste evento marcado por grande espírito de congraçamento”, afirmou.