Professores de cursos de direito debatem desafios do ensino jurídico

Acontece na OAB Paraná nesta sexta-feira (11) o III Encontro Estadual do Professores de Direito do Paraná. O evento tem como tema Novas Diretrizes Curriculares e os Impactos na Educação Jurídica e no Exame de Ordem.

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Fizeram parte da mesa durante a abertura do evento, a vice-presidente da OAB Paraná, Marilena Winter, o secretário-geral da seccional Rodrigo Rios, a coordenadora-geral da Escola Superior da Advocacia, Adriana D’Avila. O presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem, Daniel Müller Martins, a presidente da Comissão de Educação Jurídica Fernanda Schaefer Rivabem e os conselheiros estaduais da Ordem Erouths Cortiano, Mauro Bordin e Gustavo Villatore.

Ao abrir os trabalhos, Marilena lembrou os desafios da advocacia e o papel que a Ordem precisa ter ao acompanhar a formação dos profissionais. “Talvez nenhuma áreas profissional esteja em uma crise tão profunda como a nossa. O panorama é estarrecedor”, observou a vice-presidente da seccional. “O ensino jurídico é um elemento fundamental para a qualidade dos profissionais que querermos ver no mercado”, acrescentou.

O primeiro painel da tarde contou a com a participação de Fernanda Schaefer Rivabem, Rodrigo Rios e Erouths Cortiano. Eles falaram sobre o papel da Ordem na fiscalização dos cursos.

“Há faculdades vendendo sonhos inatingíveis”, resumiu Fernanda sobre o atual contexto. “Hoje enfrentamos uma crise de qualidade e de identidade. O curso de direito não sabe a que veio”, descreveu a presidente da Comissão de Educação Jurídica.

Erouths Cortiano trouxe dados do Plano Nacional de Educação, com metas de massificação do ensino. “Entre os preferidos para novos cursos estão os de direito – que são baratos –  e os de EaD. E cada vez mais eles acabam se encontrando. Vamos ter que lutar contra o Estado que pretende cumprir essas metas”, observou o jurista.

Rodrigo Rios citou a legislação para reforçar o papel da Ordem. “O próprio poder público tem noção de que os conselhos de classe têm papel de estabelecer se uma pessoa está adaptada para fazer o exercício da profissão”. Para ele, a Ordem precisa cada vez mais investir na capacitação por meio da Escola Superior da Advocacia (ESA).