A advogada Terezinha Elinei de Oliveira foi aplaudida de pé ao defender na abertura do evento Projeto Anticrime por Vozes Femininas que as criminalistas do Paraná se façam ouvir sobre a proposta elaborada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. “Vocês têm conhecimento e poder para sugerir as alterações, são respaldadas pela OAB Paraná. Mostrem a força da advocacia criminalista feminina do Paraná e ajudem o Brasil. Aparem as arestas e façam os acréscimos que julgarem cabíveis”, bradou. Para Terezinha, as vozes da advocacia criminalista devem argumentar também em favor do aprimoramento do Judiciário. “Com juízes ruins, nem as melhores leis resolvem”, sustentou.
Organizado pela Comissão da Mulher Advogada com o apoio da Comissão da Advocacia Criminal, o evento contou também na mesa de abertura com as presenças do presidente da OAB Paraná, Cássio Telles; da vice-presidente Marilena Winter; de Mariana Lopes da Silva Bonfim, presidente da Comissão da Mulher Advogada; da advogada Débora Normanton Sombrio, vice-presidente da Comissão da Advocacia Criminal e de Luciana Sbrissia Bega, secretária-geral da Caixa de Assistência dos Advogados da OAB Paraná.
Na sequência do evento, um painel tratou dos impactos da proposta do Executivo no Direito Penal brasileiro. A advogada Maíra Fernandes, integrante do Comitê Latino Americano de Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem) começou sua exposição destacando que o projeto não é anticrime e que inova muito pouco. “A proposta também é pontuada por expressões vazias, que não são usadas tecnicamente, como o conceito de ‘grave violência à pessoas´”, observou. Do primeiro painel também parte Renata Macedo, como presidente de mesa, e Fernanda Sater, como secretária.
O evento segue na Sala do Conselho Pleno da OAB Paraná até as 18h30, com mais quatro painéis e uma palestra de encerramento a ser proferida pela advogada Eleonora Rangel Nacif, presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM).