Segue até o fim da tarde desta quarta-feira (7/11) a coleta de materiais eletrônicos no estacionamento da sede da OAB Paraná. Promovida pelas comissões do Pacto Global da ONU, presidida pela advogada Jaqueline Lobo da Rosa, e de Direito Ambiental, presidida por Alaim Stefanello, a ação é realizada pela ONG londrinense E-letro.
O lixo eletrônico não deve ser descartado juntamente com o lixo comum, uma vez que o material dos equipamentos é altamente poluente, ameaçando a qualidade do solo e das águas. De acordo com Alex Gonçalves, diretor na E-letro, além de evitar a poluição, alguns componentes eletrônicos podem ser reutilizados. “A maior parte, porém, é separada e destinada à reciclagem. Somente 6% do que coletamos não se presta ao reaproveitamento”, explica.
Materiais
Estão sendo recolhidos aparelhos de DVD, aparelhos de som, aparelhos de fax, aquecedores, ar condicionado, bateria de celular, cabos, caixa de som, câmera fotográfica, carregadores, celulares, computadores, conectores, CPU, HD, estabilizadores, fontes, impressoras monitores, notebooks, rádios, TVs e demais eletrônicos. De acordo com Gonçalves, é importante ressaltar que pilhas, lâmpadas, disquetes, pendrives, fitas VHS e cassete – itens comumente trazidos em ações desse tipo — não são materiais eletrônicos. “Eles também devem ter descarte adequado, mas não alvo desta ação específica”, lembra.
A ONG atua há dez anos. Nos primeiros tempos, coletava 5 toneladas/mês. Hoje a média é de 40 toneladas/mês. Para coletar e classificar o material, conta com 16 funcionários e um time de voluntários presentes em 90 municípios do Paraná. “Na maioria das cidades, atuamos com ações pontuais como essa promovida pela OAB Paraná. Mas há casos, como o de Rolândia, em que já temos postos fixos suficientes e não precisamos de ações pontuais”, explica. Gonçalves também conta que está em negociação a instalação de um ponto permanente de coleta na OAB Paraná.
Movimento
Durante a manhã, dezenas de pessoas entregaram materiais. Uma delas foi a advogada Daniela Schmitt. “Tenho essa preocupação com o meio ambiente e já fiz descarte em outras ações. Desta vez recebi o aviso da campanha pelo Whatsapp e aproveitei para me dar a destinação correta aos eletrônicos acumulados”, conta. O procurador de Justiça Marcelo Beck também participou da ação, descartando um monitor antigo e um aparelho de som. “Costumo guardar eletrônicos, pilhas, lâmpadas e medicamentos até que possa fazer o descarte correto”, relata.
Dulce Casarin, voluntária da E-letro em Curitiba, lembra que além de ações pontuais, a região de Curitiba conta dois pontos fixos para coleta de materiais. Um deles é a ONG Bem pelo Bem, localizada na Rua Quari, 161, no Bairro São Francisco. Outro local é a Prefeitura de Piraquara. “O mais importante é que as pessoas se conscientizem sobre a importância de não descartar itens desse tipo no lixo comum”, ressaltou.
