A OAB Paraná irá aderir ao projeto Jovens Promissores, uma iniciativa da 2ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça (TJ-PR) que visa oferecer ferramentas para a autonomia de adolescentes em acolhimento institucional. A parceria entre as instituições foi tema de reunião realizada nesta segunda-feira (4), na sede da seccional, entre o secretário-geral adjunto Alexandre Quadros e a desembargadora Lidia Maejima, 2ª vice-presidente do TJ-PR e idealizadora do programa.
Por meio do Programa Jovem Aprendiz, a Ordem irá destinar oito vagas até o final do ano aos adolescentes acolhidos. “A OAB irá participar do projeto por entender que faz parte de sua função institucional auxiliar na inclusão social de jovens e adolescentes vitimados e que hoje encontram-se abrigados”, pontuou Quadros.
“Além destes jovens ocuparem vagas de aprendizes na sede da instituição, a OAB também incentivará escritórios de advocacia a aderirem à proposta. Eles precisam de uma oportunidade não apenas de trabalho, mas de inserção social. Este é, mais do que tudo, um exercício de cidadania. Se queremos um país melhor precisamos trabalhar, se envolver e estimular o aprimoramento da juventude”, destacou Alexandre Quadros.
Sobre o Programa
Lançado em setembro de 2017, o Jovens Promissores teve início com uma série de estudos, realizados em Curitiba e região metropolitana, que permitiram a identificação dos adolescentes que se encontravam acolhidos e com idade próxima a 18 anos, ocasião em que são desligados das instituições de acolhimento e passam a ter a responsabilidade de se sustentarem.
Além disso, foram identificados os principais desafios que comprometem o desenvolvimento da autonomia, como vínculos familiares fragilizados, reiteradas violações a direitos fundamentais, desigualdade de oportunidades, preconceito, escolaridade comprometida, dentre outros.
A partir desses levantamentos, as ações do Programa foram divididas em duas etapas. Na primeira, de formação, foram oferecidas atividades como visitas guiadas ao TJ-PR, círculos restaurativos (visando estimular a reflexão, a autoestima, o resgate de valores e a criação da identidade do grupo), oficinas de educação financeira e empreendedorismo, além de visitas a diversas instituições públicas e privadas, nas quais os adolescentes puderam conhecer algumas carreiras e profissões.
A segunda etapa diz respeito aos acompanhamentos individuais: os adolescentes foram orientados e, sempre que possível, encaminhados a cursos profissionalizantes ou a vagas de estágio, aprendizagem ou emprego.
Com informações da 2ª Vice-Presidência do TJ-PR