Aberto na tarde desta quarta-feira (29) o Colégio de Presidentes das Comissões de Cultura, Arte e Moda, integrante da XXIII Conferência Naciuonal da Advocacia. O evento ocorre sob a presidência do advogado Luiz Gustavo Vardânega Vidal, presidente da Comissão Especial de Cultura do Conselho Federal.
Vidal vem trabalhando para disseminar a criação das comissões de Cultura entre as seccionais. Para tanto, vem conversando no âmbito da Conferência com grandes expressões culturais do país, a exemplo do maestro João Carlos Martins e do músico e advogado Alceu Valença, responsável pelo show ocorrido na noite de ontem no palco do Anhembi.
Entre as exposições programadas para o Colégio de Presidentes, destaque para a palestra do advogado e professor paranaense Marcelo Conrado. Ele vai abordar o tema Direito e Arte Contemporânea, sobre as implicações mútuas entre a ciência jurídica e as manifestações artísticas.
O assunto tem sido notícia na imprensa tanto por conta da polêmica sobre a exposição Queermuseum, em Porto Alegre, como pela exibição de um artista com o corpo nu, no Rio de Janeiro.
Marcelo Conrado destaca que os atos de censura às formas de arte contemporânea são frutos de intransigência que fere a liberdade religiosa prevista na Constituição. Para o advogado e professor de Arte, “falta postura aos juízes, ao Judiciário e à sociedade brasileira para efetiva tomada de posições em relação a isso. Em um estado laico, é inadmissível que não sejam impostos limites a tais atos de censura, mais apropriados para os costumes do século XIX”.
O evento conta também com a participação de membros das Comissões culturais das Secionais da OAB. Do Paraná, além de Vidal e Conrado, está presente a advogada Carmen Nicolodi.