A juíza Patrícia H. Daher Lopes Panasolo assumiu nesta segunda-feira (29/2) à noite a presidência da Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe) para o mandato 2016/2017, em cerimônia realizada na sede da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba. Patricia, que substitui o juiz Anderson Furlan, é a primeira presidente empossada da história da associação. Antes dela, o cargo foi ocupado por Flávia Xavier, vice-presidente na gestão 2008/2009, em razão do afastamento do juiz Erivaldo Ribeiro do Santos para ocupar outro cargo.
O novo vice-presidente é o juiz Nicolau Konkel Junior, ex-diretor financeiro da Apajufe. A diretoria é composta ainda pelos juízes federais Alessandra Anginski Kotosky (diretora financeira e de patrimônio), Vicente de Paula Ataíde Junior (diretor de assuntos jurídicos), Márcia Vogel Vidal de Oliveira (diretora social e cultural), Richard Rodrigues Ambrósio (diretor de relações institucionais), Pedro Pimenta Bossi (diretor de assuntos legislativos), Edilberto Barbosa Clementino (diretor de benefícios e do interior), André Wasilewski Duszczak (diretor de esportes), Bianca Georgia Cruz Arenhart (diretora da Escola da Magistratura Federal do Paraná) e Fabrício Bittencourt da Cruz (vice-diretor da Escola da Magistratura Federal do Paraná).
Dentre as autoridades presentes estiveram os ministros do Superior Tribunal de Justiça Sérgio Kukina e Néfi Cordeiro; o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Luiz Fernando Penteado; a diretora do foro da Seção Judiciária do Paraná, Gisele Lemke; o presidente da Ajufe, Antônio César Bochenek; a vice-governadora Cida Borghetti; o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet e o secretário-geral adjunto da OAB Paraná, Alexandre de Quadros, que destacou os momentos em que a OAB Paraná e a Apajufe andaram de mãos dadas, como no movimento “O Paraná que Queremos”, lançado em 2011 com a união de entidades da sociedade civil em busca de ética e transparência na política, e a batalha para que o Paraná tenha um Tribunal Regional Federal próprio.
Furlan, que também esteve à frente da Apajufe em 2010 e 2011, e que foi vice-presidente da entidade em 2004 e 2005, faz um balanço positivo da gestão 2014/2015. O maior legado, disse, é o exemplo de democratização interna. “Nós a levamos às últimas consequências. Nossa bússola foi sempre o desejo da maioria dos associados”, frisou. A transparência e a capacidade de articulação política também foram citadas como marcas da gestão que se encerra. Furlan citou nominalmente o presidente da OAB Paraná, José Augusto de Araújo Noronha, e os ex-presidentes Juliano Breda e José Lúcio Glomb, a quem agradeceu pelo pela comunhão nas causas em prol de um Paraná Melhor.
A nova presidente acolheu as palavras do antecessor destacando que as causas da Apajufe não são corporativistas, mas sim ações em defesa da democracia, da sociedade e da independência dos poderes. “A sociedade clama por magistrados que dão realidade e vida à concretização do justo e à obtenção da paz social”, afirmou.
Causa em comum
Todos querem um TRF no Paraná
Quase todas as autoridades presentes à mesa na solenidade de posse da Apajufe fizeram menção à batalha pela criação de um Tribunal Regional Federal no Paraná. O presidente da Ajufe, Antônio César Bochenek, aproveitou o momento para agradecer Marcos Domakoski, presente à cerimônia, pelo apoio do Movimento Pró-Paraná à causa. Nessa linha, o ministro Néfi Cordeiro agradeceu também à Associação Comercial do Paraná e ao Legislativo, lembrando que o Paraná se une, independentemente de partido. E brincou: “Não querem criar o TRF, vamos invadir Brasília”, disse em referência ao fato de o Paraná contar com o ministro Luiz Edson Fachin no STF, três ministros no Superior Tribunal de Justiça (STJ) – ele próprio, Kukina e Felix Fischer – e com a recente indicação de Joel Paciornik para o STJ.