IML apresenta à OAB plano de ações para sanar irregularidades

A Comissão de Direitos Humanos da OAB Paraná voltou nesta quarta-feira (6) ao Instituto Médico Legal (IML) para verificar quais medidas foram tomadas para sanar irregularidades denunciadas há 20 dias. O diretor do IML, Porcídio Vilani, apresentou um plano de reestruturação que envolve ações de curto, médio e longo prazos. Por enquanto, a medida mais concreta foi a liberação de 81 corpos para sepultamento. No dia 17 de março, quando a Comissão da OAB vistoriou o IML de Curitiba pela primeira vez, a unidade mantinha 150 corpos. Nos últimos dias, a direção conseguiu reduzir esse número para uma média de 80.

A expectativa da diretoria do IML é de que a situação se normalize em até três semanas com a liberação de 70 novas vagas no cemitério Parque São Pedro, no bairro Umbará. A abertura das vagas depende da conclusão de um processo de pregão eletrônico.

“Se compararmos a situação do IML hoje com a de algumas semanas atrás, notamos algumas melhorias. Com a mobilização dos órgãos competentes a situação deve se regularizar nos próximos meses”, avaliou a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Isabel Kuegler Mendes.

Além de procedimentos para acelerar a liberação de cadáveres, o diretor do IML providenciou sacos plásticos impermeáveis aprovados pelo Inmetro para armazenar os corpos e pulseiras de plástico para melhorar a identificação.

Para reparar a falta de funcionários, a Secretaria de Estado da Segurança Pública autorizou uma  contratação temporária emergencial por região. O diretor Porcídio Vilani diz que o conserto do cromatrógrafo líquido, a compra de um novo aparelho de cromatografia e a locação de 25 veículos devem amenizar os problemas mais graves enfrentados pelo IML.

O cromatrógrafo líquido, aparelho usado para identificar a presença de substâncias químicas no material biológico, foi enviado a São Paulo para conserto. A previsão é que volte a Curitiba em três meses. Sem ele, a Divisão Laboratorial do IML depende de exames laboratoriais comuns que levam dias para averiguar a existência de entorpecentes nos corpos examinados.

O laudo da Sanepar, Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Vigilância Sanitária sobre o impacto do vazamento do necrochorume no meio ambiente ainda não foi concluído. As câmaras frigoríficas individuais da unidade continuam quebradas e os corpos estão armazenados em duas câmaras frias, porém em menor número.

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