Os impactos do etarismo na carreira e na saúde mental estiveram em pauta na programação da IV Conferência Nacional da Mulher Advogada, na tarde da sexta-feira (15/3). O painel teve como relatora a advogada paranaense Juliana Prost, presidente da Comissão Idoso OAB Paraná.
Os debates foram conduzidos pela advogada Fabiane Lemos Melo, presidente da Subseção Peixoto de Azevedo (OAB/MT) e secretariados pela vice-presidente da OAB/MG, Ângela Parreira Oliveira Botelho.
O tema foi abordado pela advogada paulista Lázara Carvalho. “Etarismo é uma das agressões mais comuns, mas está sob o manto da invisibilidade. É um tipo de discriminação muito comum. Muitas vezes na nossa própria comunicação praticamos o etarismo”, alertou.
A advogada pontuou que o corte do etarismo tem diminuído. Em muitos ambientes corporativos, já não se considera jovem o profissional com mais de 35 anos. Em breve, segundo Lazara, o Brasil terá a 5ª maior população de idosos do mundo, o que requer se pensar em empregabilidade e condições dignas de vida para quem está envelhecendo.
“O corpo idoso é um corpo político”, destacou a advogada, explicando que ele pode expressar um novo posicionamento frente à sociedade, que costuma considerar o corpo idoso como um corpo frágil e com a capacidade cognitiva diminuída.
O tema também foi abordado pela ouvidora da OAB/PE, Catarina Vasconcelos, e pela advogada Francisca Leite, presidente de honra e Ouvidora da Rede de Sororidade.