O painel sobre saúde mental, promovido pelo Centro de Estudos das Sociedades de Advogados (CESA), apontou os problemas do ambiente corporativo, inclusive nos escritórios de advocacia.
“Vivemos no mundo BANI – Brittle, Anxious, Nonlinear e Incomprehensible (frágil, ansioso, não-linear e incompreensível). Nesse cenário, o líder precisa cuidar das pessoas. Não basta falar que está atento e achar lindo que os colaboradores trabalhem 16 ou 18 horas por dia. O líder precisa dar exemplo e zelar pela própria saúde, além de ficar atento às emoções da equipe e manter uma agenda de autocuidado”, frisou a psicóloga Júlia Ramalho.
Maria Amélia Mastrorosa Viana, conselheira estadual da OAB Paraná, lembrou que os prazos, as metas colocadas pela empresa e a pressão de um modo geral dificultam o cuidado com a saúde mental. “No âmbito da governança, vemos que os profissionais se rendem ao desânimo. Uma possível solução é ajudar esse profissional a descobrir uma área em que se identifique mais, sempre com o cuidado de não ser invasivo”, frisou.
Para Julia Ramalho, o tempo para o cuidado da saúde mental precisa ser aberto na agenda. Não se pode esperar que a brecha se abra naturalmente. “As pausas trazem um impacto enorme na qualidade de vida e na produtividade”, reforçou.
Também participou do painel como debatedor o advogado Bruno Eduardo Pereira Costa. O painel foi presidido por Flávia Bittar Neves, membro honorário do CESA e presidente da Câmara de Arbitragem Empresarial – Brasil.