A OAB Paraná sedia nesta terça (12/9) e quarta-feira (13/9) novas etapas do I Moot da OAB Paraná. O evento reúne 28 equipes de faculdades de direito da capital, que contam com a participação de mais de 130 estudantes, entre participantes e ouvintes.
Uma das inovações da 8ª Conferência da Advocacia Paranaense, a competição consiste no julgamento simulado sobre um caso hipotético de acidente de trânsito elaborado pelo jurista Luiz Guilherme Marinoni especialmente para o evento, em que se discute a coisa julgada.
Depois de um amplo estudo do caso e orientados por um advogado experiente, os participantes fazem a sustentação oral em favor do apelado e do apelante. Assim como nas etapas realizadas nas cidades de Cascavel, Francisco Beltrão, Londrina, Maringá e Guarapuava, uma banca, que simula a câmara de desembargadores do Tribunal de Justiça, avalia o desempenho das equipes.
Desafio
Vanessa Cremonese de Medeiros e Claudemir Pereira Miranda encararam o desafio de fazer a sustentação oral em defesa do apelante do caso hipotético. “É uma experiência ímpar, não tem como classificar. A palavra é gratidão pela oportunidade”, disse Miranda.
“Gosto das oportunidades de falar. Estudamos muito e pesquisamos bastante, acredito que ficou satisfatório. É uma experiência prévia muito válida. Advogar é estudar, pesquisar e achar as brechas”, completou Vanessa.
O acadêmico Erasmo Carlos Araújo, do 8º período, participou da sessão como ouvinte. Ele fará a sustentação em defesa da parte do apelado nesta quarta-feira (13/9). “O mais interessante é a integração tanto com os colegas, quanto com as instituições”, opinou.
O estudante Valdemir Neves Reis, de Campo Largo, destacou a oportunidade como uma “experiência ímpar”. “O Moot agrega os valores sociais e culturais da comunidade acadêmica porque diversifica, traz os alunos mais perto da experiência. Vejo como muito importante esse trabalho”, avaliou.
Avaliação
A avaliação das equipes é feita por uma banca de advogados, que também vivencia a experiência pela primeira vez, pois seus componentes se colocam na posição de julgadores. Para o advogado Marcel Amaral, que integra a banca avaliadora, um dos destaques da iniciativa é a possibilidade de proporcionar a vivência no ambiente jurídico.
“Uma das maiores dificuldades do jovem advogado é justamente saber como se portar em sustentações oral e audiências. Entendo que para os jovens é de grande valia, uma vez que serão avaliados, estarão competindo e poderão participar de uma dinâmica voltada para a carreira jurídica que seguirão no futuro”, pontuou Amaral.
Para o advogado Sandro Martins, a força do evento está na colaboração de vários segmentos – educação, prática jurídica e instituições. “Estou extremamente feliz e realizado com esse evento. É uma ideia antiga promover isso e incentivar cada vez mais os alunos a olhar para o Processo Civil com olhos carinhosos e dedicados. É uma oportunidade de perceber como funciona na prática essa operação de defender um cliente em uma corte, um tribunal, saber conduzir, avaliar o caso. É uma oportunidade ímpar para ver essa evolução”, disse.
“Estão todos de parabéns, a OAB, as faculdades, os alunos. Espero que seja o começo de uma série de eventos. Precisamos de pessoas preparadas, com qualidade, e isso é um incentivo”, conclui Martins.
A competição
O I Moot da OAB Paraná já é considerado o maior do Brasil, com um total de 91 equipes inscritas e 533 participantes. Na primeira fase, os competidores apresentaram memoriais e participaram das rodadas de sustentações orais. As semifinais e as finais vão ocorrer em Curitiba durante a 8ª Conferência da Advocacia Paranaense, em outubro.
A equipe vencedora receberá um prêmio de R$12 mil. As segunda e terceira colocadas levam prêmios de R$8 mil e R$4 mil, respectivamente. Os estudantes vencedores ganham ainda cursos da Escola Superior da Advocacia (ESA) e oportunidade de imersão em escritórios. Serão premiados também o melhor memorial (R$1.500) e o melhor orador (R$ 1.500.) Os avaliadores são advogados ou professores convidados pela comissão organizadora.